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Espanha tem estado de alerta em Madri após alta de casos de Covid

Na capital espanhola, a taxa de contágio é de 700 casos a cada 100 mil habitantes. É mais do que o dobro do restante do país.

Lockdown na Espanha
Leon, no noroeste da Espanha, ficará em lockdown durante duas semanas. Foto: CESAR MANSO/AFP Leon, no noroeste da Espanha, ficará em lockdown durante duas semanas. Foto: CESAR MANSO/AFP
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A Espanha decretou estado de alerta por 15 dias em Madri e municípios vizinhos, nesta sexta-feira 9, para conter a alta de casos de Covid-19. Há uma semana, a justiça havia anulado uma decisão do governo de confinar habitantes da região.

 

As infecções por coronavírus dispararam na Europa nos últimos dias. Na semana passada, foram 315 mil novos casos registrados por dia no mundo – 6% a mais do que na semana anterior, conforme balanço da AFP. Na Europa, porém, houve 28% mais casos.

O número de infecções diárias hoje é cinco vezes maior do que há três meses (cerca de 84.400 agora em comparação com 15.000 no início de julho). No total, o continente europeu contabiliza mais de 6,2 milhões de pessoas infectadas e quase 240.000 mortes por Covid-19.

A Espanha é um dos países mais afetados. Em Madri, a taxa de contágio é de 700 casos a cada 100 mil habitantes. É mais do que o dobro do restante do país.

Com a decisão do governo, o perímetro de confinamento é restabelecido, afetando cerca de 4,5 milhões de habitantes. “Devem ser tomadas medidas para proteger a saúde dos residentes de Madri e evitar que isso se espalhe para outras comunidades autônomas”, afirmou o ministro da Saúde, Salvador Illa.

Com a chegada do outono europeu (primavera no Brasil) e sem vacina, ou remédio eficaz, o vírus continua a circular em ritmo acelerado. Já matou mais de 1 milhão de pessoas e infectou mais de 36 milhões no mundo.

Dez dias para conter contágios na Alemanha

Os governos tentam se proteger contra a segunda onda do coronavírus buscando equilíbrio, para que as restrições à mobilidade não sobrecarreguem ainda mais a atividade econômica, fortemente impactada pela pandemia.

Em praticamente todas as regiões do mundo, a propagação da epidemia tende a se acelerar: +11%, na África; +6%, nos Estados Unidos e Canadá; +3%, na América Latina e Caribe; +2%, no Oriente Médio; e +1%, na Oceania. A situação melhorou apenas na Ásia (-7%).

Na Rússia, a pandemia bateu recorde de infecções nas últimas 24 horas, quando foram detectados 12.126 novos casos, elevando o total para mais de 1,2 milhão. Por enquanto, porém, as autoridades não preveem medidas de confinamento mais rígidas.

Nem mesmo a Alemanha, que até agora havia sido modelo na gestão da crise de saúde, escapa dessa segunda onda. A chanceler Angela Merkel alertou, nesta sexta-feira, que, se as infecções não se estabilizarem em dez dias, haverá novas restrições.

Os números da Alemanha (cerca de 310.200 casos e cerca de 9.600 mortes) ainda são muito inferiores aos de outros países europeus com população semelhante.

Fora da Europa

Do outro lado do Atlântico, o México ultrapassou 800.000 casos de Covid-19, de acordo com balanço oficial, embora os números reais sejam muito maiores, já que quase não há testes.

O país já registrou mais de 83.000 mortes, número que o torna o quarto país em termos de óbitos.

Em outros países da região, a expansão da pandemia perdeu fôlego na última semana, como no Peru (-31%, 2.900 novos casos diários), no Chile (-14%, 1.600) e no Equador (-13%, 900).

Em escala global, o país mais afetado pela pandemia continua sendo os Estados Unidos, com 212.789 mortes e 7,6 milhões de infectados.

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