Mundo
Escritora sul-coreana Han Kang leva o Prêmio Nobel de Literatura
Han Kang tornou-se conhecida internacionalmente com seu romance ‘A Vegetariana’


A escritora sul-coreana Han Kang, autora de romances e poemas, ganhou nesta quinta-feira (10) o Prêmio Nobel da Literatura pela “sua intensa prosa poética, que confronta traumas históricos e expõe a fragilidade da vida humana”, anunciou a academia sueca.
Han Kang, de 53 anos, é a primeira sul-coreana a receber o prestigioso prêmio de Literatura.
Paralelamente à escrita, a autora dedicou-se à arte e à música, o que se reflete em toda a sua obra literária.
“O trabalho de Han Kang é caracterizado por esta dupla exposição da dor, uma correspondência entre tormento mental e tormento físico, em estreita relação com o pensamento oriental”, afirmou a academia sueca.
A autora, nascida em 27 de novembro de 1970 em Gwanju, na Coreia do Sul, tem “uma consciência única das relações entre o corpo e a alma, os vivos e os mortos e, pelo seu estilo poético e experimental, é considerada inovadora no campo da prosa contemporânea”, declarou o presidente do Comitê Nobel, Anders Olsson, à imprensa.
Han Kang tornou-se conhecida internacionalmente com seu romance “A Vegetariana” (2007). Escrita em três partes, a obra descreve as violentas consequências da recusa de sua protagonista, Yeong-hye, em comer carne, o que provoca a rejeição brutal de seu entorno.
Outro sul-coreano que recebeu um Prêmio Nobel (o da Paz) foi o ex-presidente (1998 a 2003) Kim Dae-Jung em 2000 por “seu trabalho pela paz e reconciliação com a Coreia do Norte”.
No ano passado, o dramaturgo norueguês Jon Fosse recebeu o prestigioso prêmio de Literatura.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.