O novo prefeito de Nova York, Eric Adams, foi empossado pouco depois da zero hora do sábado 1º. Foi uma hora adequada para um policial que virou político e afirmou que pretende devolver um pouco de animação a uma metrópole derrubada pela pandemia, por disputas políticas e por um último prefeito cujas notas em pesquisas ficam atrás até de Donald Trump entre os eleitores do estado. Por enquanto, o governo de Adams está “no éter”, como disse um conhecido dele. O prefeito democrata disse ao conselho municipal antes de assumir: “Devemos permitir que a nossa cidade funcione. Jogamos 11 bilhões de dólares na Covid-19, então chegou a hora de aprendermos a ser mais inteligentes”.
Adams foi direto ao trabalho. Pegou o metrô para a prefeitura em 1º de janeiro para estar em sua mesa às 8h30 da manhã e realizou uma reunião de gabinete meia hora depois. Há sinais de que ele estará mais focado do que seu antecessor, Bill de Blasio, que fez campanha na defesa do aumento de impostos e falou de modo polarizado a respeito de uma “história de duas cidades”. Na sexta 31, o jornal New York Post descreveu o democrata De Blasio como o pior prefeito que a cidade teve. E isso dentre 109 nomes para escolher. O New York Times, que, em princípio, é amistoso, só encontrou espaço para listar suas realizações como criador de jardins de infância para todos, por comer pizza com garfo, marcar o recorde como prefeito mais alto e acidentalmente deixar cair uma cadela chamada Charlotte, que mais tarde morreu por causa dos ferimentos.
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