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Equador anuncia saída do Tratado do Rio

Acordo determina que um ataque contra um dos signatários do acordo será considerado um ataque contra todos

O presidente do Equador Rafael Correa, durante encontro da Celac, em 29 de janeiro
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O presidente do Equador, Rafael Correa, anunciou nesta quarta-feira 5 a retirada de país do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (Tiar). O tratado, também conhecido como Tratado do Rio, (por ter sido firmado por diversos países americanos no Rio de Janeiro em 1947) determina que um ataque contra um dos signatários do acordo será considerado um ataque contra todos. Na época, 18 países firmaram o acordo, entre eles Brasil, Argentina, Colômbia, Venezuela, Estados Unidos e Cuba.

De acordo com a Chancelaria equatoriana, Correa assinou um decreto determinando a retirada do país do Tiar na terça-feira 4, porque em janeiro a Assembleia Nacional decidiu pela saída. Na visão dos parlamentares, o tratado era considerado um “pacto militar agressivo”, firmado em uma época de tensões (após a Segunda Guerra Mundial e no começo da Guerra Fria). O documento oficial será enviado à Organização dos Estados Americanos (OEA).

O chanceler Ricardo Patiño acrescentou que a medida é um passo a mais na construção de uma “doutrina continental de segurança e defesa adaptada ao mundo contemporâneo e a serviço da construção de um mundo, mais justo e igualitário, que fomente relações pacíficas entre os Estados”.

O presidente Correa também comentou a retirada do Tiar, mencionando o caso da disputa entre a Inglaterra e a Argentina pelas Ilhas Malvinas em 1982. “O tratado ficou ferido de morte após a guerra das Malvinas, porque os Estados Unidos negaram apoio à Argentina, que havia sido atacada pelos britânicos”, disse.

Durante uma Assembleia da OEA, em junho do ano passado, a Nicarágua, o Equador e a Venezuela fizeram um acordo, também seguido pelo México e o Peru, para abandonar o Tiar.

*Matéria originalmente publicada na Agência Brasil

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