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Equador anuncia apagões de até dez horas para evitar ‘colapso’ elétrico

O anúncio foi feito pelo ministro da Energia, António Gonçalves, nesta quarta-feira 9

Equador anuncia apagões de até dez horas para evitar ‘colapso’ elétrico
Equador anuncia apagões de até dez horas para evitar ‘colapso’ elétrico
O presidente do Equador, Daniel Noboa – Foto: Eduardo Santillán/Presidencia de la República
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O Equador, que enfrenta uma grave crise elétrica desde abril devido à seca, vai aplicar novos cortes de energia de até dez horas por dia para “evitar o colapso” do sistema de eletricidade nacional, anunciou o ministro da Energia, António Gonçalves, nesta quarta-feira 9.

“Nosso país passa por uma situação energética crítica. O nível da barragem de Mazar (sul andino) está próximo do seu limite mínimo e as projeções indicam que decisões imediatas e firmes devem ser tomadas para evitar um colapso no sistema elétrico nacional”, disse o ministro em uma rede nacional de rádio e televisão.

Na semana passada, o governo reduziu os apagões para um máximo de seis horas por dia porque as chuvas registradas em meio à pior seca em seis décadas melhoraram um pouco o nível dos reservatórios que alimentam as principais hidrelétricas.

No entanto, a situação piorou novamente.

Gonçalves destacou que “a partir do meio-dia de hoje (quarta-feira) serão reprogramados cortes de energia de até dez horas diárias, com exceção de alguns setores industriais, que têm um horário diferenciado que lhes permitirá cumprir a sua cota de poupança tentando minimizar o impacto”.

Na segunda-feira, os empresários denunciaram o racionamento dirigido às indústrias e manifestaram o receio de possíveis perdas de emprego e até escassez de produtos básicos, além das consequências econômicas.

Os novos racionamentos até 13 de outubro serão aplicados em diferentes horários e por setores, como vem sendo feito desde o início da atual etapa de cortes de serviços, em setembro.

Os usuários queixam-se do descumprimento dos cronogramas e todas as semanas as autoridades alteram os horários dos apagões.

Há três meses a seca reduziu as barragens hidroelétricas, que cobrem 70% da procura energética nacional, a mínimos históricos.

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