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Emirados fecha bilionário contrato de gás meses antes da COP28

O país organiza o evento em meio a críticas de ambientalistas sobre o impacto dos combustíveis fósseis no aquecimento global

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A Companhia Nacional de Petróleo de Abu Dhabi (ADNOC, na sigla em inglês), gigante da indústria de hidrocarbonetos dos Emirados Árabes Unidos, concedeu um contrato de US$ 3,6 bilhões (cerca de R$ 176 bilhões na cotação atual) a uma empresa local e ao grupo espanhol Técnicas Reunidas para expandir sua infraestrutura de gás.
O anúncio foi feito alguns meses antes de esse rico Estado petroleiro sediar a conferência da ONU sobre o clima, a COP28, no final de novembro.
O país organiza o evento em meio a críticas de ambientalistas sobre o impacto dos combustíveis fósseis no aquecimento global.
“A ADNOC Gas anunciou hoje a concessão de um contrato de US$ 3,6 bilhões para ampliar a extensão de sua infraestrutura de gás nos Emirados Árabes Unidos”, informou a Agência de Notícias dos Emirados WAM.
Uma sociedade formada por duas empresas especializadas na indústria de petróleo e gás – a National Petroleum Construction Company, dos Emirados, e o grupo espanhol Técnicas Reunidas – será a responsável pela execução do contrato.
“O acordo prevê a instalação de novas infraestruturas de processamento de gás que vão otimizar o abastecimento da refinaria de Ruwais, a oeste do Emirado de Abu Dhabi”, acrescentou a WAM.
O contrato faz parte de uma estratégia “para aumentar a extração de gás dos campos existentes e desenvolver recursos inexplorados”, acrescentou a agência.
A ADNOC Gas é uma subsidiária da gigante pública de energia ADNOC, uma das maiores exportadoras de petróleo bruto do mundo.
No mês passado, a empresa declarou que quer “acelerar” para 2045 sua meta de alcançar a neutralidade de carbono, em vez de 2050, como havia anunciado.
Em entrevista à AFP, o diretor-executivo da ADNOC e defensor da indústria de hidrocarbonetos, Sultan Al-Jaber, chegou a declarar que reduzir o consumo de petróleo e gás é “inevitável” e “essencial”. Ao mesmo tempo, pediu que se evite uma “crise de energia” em todo o mundo.
Sua nomeação em janeiro para presidir a COP28 gerou questionamentos e críticas.

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