Nesta quinta-feira 13, os Emirados Árabes e Israel chegaram a um acordo que deve normalizar as relações diplomáticas entre as duas nações do Oriente Médio. A negociação foi intermediada pelo dos EUA, Donald Trump.
“A maioria dos países verá neste acordo um passo corajoso para chegar a uma solução de dois Estados, dando tempo para negociações”, disse o Ministro das Relações Exteriores dos Emirados, Anwar Gargash.
“Grande avanço hoje! Acordo de paz histórico entre nossos dois grandes amigos, Israel e os Emirados Árabes Unidos”, escreveu Trump no Twitter.
Com a negociação, Israel suspenderá anexação de “novos territórios palestinos”, informou o príncipe herdeiro de Abu Dhabi Mohammed ben Zayed Al-Nahyan.
“Em um telefonema entre o presidente Donald Trump e (o primeiro-ministro israelense Benjamin) Netanyahu, um acordo foi alcançado para encerrar qualquer anexação suplementar dos territórios palestinos”, disse após a divulgação desse acordo entre os dois países.
Netanyahu afirmou que esse é um dia histórico para o seu país. “Começa nova era nas relações entre Israel e mundo árabe”, reforçou.
O embaixador dos Emirados Árabes Unidos em Washington declarou que o acordo é “uma vitória da diplomacia” e “um avanço significativo” para as relações entre Israel e o mundo árabe.
“O anúncio de hoje é uma vitória para a diplomacia e para a região. É um avanço significativo nas relações árabe-israelenses que acalmará as tensões e criará a energia para uma mudança positiva”, disse Yusef al-Otaiba em um comunicado.
Hamas rejeita acordo
À AFP, o movimento islâmico Hamas, que detém o poder na Faixa de Gaza, denunciou que a normalização das relações entre os países “não ajuda a causa palestina” e representa um “cheque em branco” para continuar com “a ocupação”.
“Rejeitamos e condenamos este acordo. Não ajuda a causa palestina, mas é visto como uma continuação da negação dos direitos do povo palestino”, disse Hazem Qasem, porta-voz do movimento.
Reunião de emergência
O presidente Mahmoud Abbas convocou uma “reunião de emergência” da liderança palestina para avaliar a conclusão do acordo, informou a agência de notícias oficial Wafa.
Após esse encontro, segundo a Wafa, os líderes palestinos farão um anúncio sobre o acordo, que já foi condenado pelo movimento islâmico palestino Hamas.
A sede da Autoridade Palestina, presidida pela Abbas, fica em Ramallah, na Cisjordânia.
Com informações da AFP
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