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Embaixador do Catar na Copa do Mundo define homossexualidade como ‘dano mental’

O reino do Golfo recebeu críticas antes da Copa do Mundo por seu histórico de direitos humanos, incluindo o tratamento aos trabalhadores migrantes e sua posição sobre os direitos das mulheres e LGBTQIA+

Doha, capital do Catar (Foto: Pixabay)
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O ex-jogador da seleção do Catar e embaixador da Copa do Mundo Khalid Salman chamou a homossexualidade de “dano mental” em uma entrevista que será exibida na televisão alemã nesta terça-feira.

O país tolerará visitantes homossexuais, mas “eles têm que aceitar nossas regras”, disse Salman em entrevista ao canal ZDF filmada no Catar.

Na entrevista, abruptamente interrompida após os comentários, Salman acrescentou que a homossexualidade é “haram”, um pecado proibido no Islã.

A homossexualidade é ilegal no emirado.

Os capitães de seleções europeias como Inglaterra, França ou Alemanha vão usar braçadeiras com as cores do arco-íris e a mensagem “One Love” numa campanha antidiscriminação.

Torcedores nos estádios da Alemanha pediram no sábado o boicote à Copa do Mundo.

A ministra do Interior da Alemanha, Nancy Faeser, disse na semana passada durante uma visita ao Catar que assistirá a Copa do Mundo depois de receber “garantias de segurança” do primeiro-ministro do emirado para os torcedores LGBTQIA+.

Alguns deputados alemães acompanharam a ministra durante a visita, mas a comissária de direitos humanos do governo, Luise Amtsberg, não participou na viagem.

Faeser já havia declarado que a sede da Copa do Mundo no Catar era algo “muito sensível” do ponto de vista de Berlim, o que levou Doha a convocar o embaixador alemão para consultas.

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