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Em recuperação, papa Francisco faz aparição surpresa na Praça de São Pedro

O pontífice participou de uma missa dedicada aos enfermos

Em recuperação, papa Francisco faz aparição surpresa na Praça de São Pedro
Em recuperação, papa Francisco faz aparição surpresa na Praça de São Pedro
Papa ainda está com dificuldades para falar, mas a voz está mais audível que nos dias de hospitalização – Foto: Alberto Pizzoli / AFP
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O papa Francisco, em convalescença após sua longa hospitalização devido a uma pneumonia bilateral, fez uma aparição surpresa na Praça de São Pedro, no Vaticano, neste domingo 6, para saudar e abençoar os fiéis.

“Bom domingo a todos. Muito obrigado”, disse o pontífice de 88 anos, com uma voz fraca, mas mais audível do que quando deixou o hospital, em 23 de março.

O jesuíta argentino apareceu em uma cadeira de rodas e com cânulas de oxigênio nasal, duas semanas após sua alta do hospital Gemelli de Roma.

Diante de milhares de câmeras e celulares, Francisco abençoou os fiéis reunidos na Praça de São Pedro. Em seguida, cumprimentou, um a um, algumas pessoas atrás do altar instalado no local.

“Fiquei muito emocionada de ver o Santo Padre porque não achava que seu estado de saúde permitiria que ele viesse nos cumprimentar”, disse a médica italiana Dora Moncada à AFPTV.

“Nós não esperávamos até que eu o vi na tela. Não conseguia acreditar”, acrescentou Janet Muchengwa, uma enfermeira do Reino Unido.

Embora o Vaticano tenha informado sobre melhoras estado de saúde do pontífice nos últimos dias, sua aparição pública, a primeira no Vaticano desde sua hospitalização em 14 de fevereiro, não havia sido anunciada.

A aparição de Francisco ocorre duas semanas antes da Páscoa, para a qual sua presença não foi confirmada, e após semanas de especulação sobre o estado de saúde do guia espiritual de 1,4 bilhão de católicos.

“Ele está melhorando, é claro, e quer ser visto”, disse uma fonte do Vaticano à AFP, falando sob condição de anonimato.

“Ele ainda não está em condições de gravar uma mensagem, mas sim em dar um passo semelhante ao de pacientes como ele e se mostrar” em público, acrescentou.

Em teoria, o jesuíta argentino deve passar por um período de convalescença de dois meses com repouso rigoroso, nenhuma atividade pública ou contato com os fiéis, para limitar o risco de uma recaída.

‘Respeitar’ os trabalhadores da saúde

Minutos antes de sua aparição no domingo, o papa recebeu o sacramento da reconciliação [confissão] na Basílica de São Pedro, reuniu-se em oração e passou pela Porta Santa, disse o Vaticano em um comunicado no Telegram.

Como nas semanas anteriores, ele não proferiu a oração do Angelus dominical, que foi divulgada por escrito.

“Rezo pelos médicos, enfermeiros e profissionais da saúde, que nem sempre têm as condições adequadas para trabalhar e, às vezes, são até vítimas de agressão”, escreveu Francisco.

Ele orou pela paz no mundo, referindo-se à “Ucrânia martirizada” e à situação em países como Sudão, Sudão do Sul, República Democrática do Congo, Mianmar e Haiti.

Também mencionou o Oriente Médio e Gaza, “onde as pessoas são forçadas a viver em condições inimagináveis, sem abrigo, sem comida, sem água potável”.

Na residência Santa Marta, onde vive no Vaticano, o jesuíta argentino é atendido dia e noite pela equipe médica.

Ele não recebe visitas, mas continua trabalhando redigindo e assinando documentos, segundo o Vaticano.

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