Mundo

Em ponto de bala

A violência no futebol é sintoma da ansiedade pelo futuro político

Em ponto  de bala
Em ponto  de bala
O confronto entre duas torcidas resultou em 74 mortes e mais de mil feridos. Foto: AFP
Apoie Siga-nos no

Após as eleições que deram 74% dos assentos na Câmara a partidos islâmicos, sobram as tensões entre os fundamentalistas com ampla maioria, mas não o poder, a junta militar reticente sobre como e quando o entregará, os partidários do antigo regime empenhados em recuperar influência e os liberais e esquerdistas que deflagraram a revolução e hoje se sentem traídos.

Sintoma dessas inquietações foi a briga entre as torcidas de dois times de futebol, o Al-Masry, de Port Said, e o Al-Ahly, do Cairo.

Após uma rara vitória do primeiro, que jogou em casa, contra o segundo, seguiu-se um confronto no qual 74 morreram e mais de mil foram feridos.

A Irmandade Muçulmana culpa os mubarakistas. Populares dizem que a polícia cruzou os braços e permitiu o massacre para se vingar da participação da torcida organizada do Al-Ahly na rebelião contra Mubarak.

Torcedores responsabilizam diretamente o marechal Tantawi pela catástrofe na internet e nas ruas e são reprimidos pela polícia.

Três jogadores do Al-Ahly, também integrantes da seleção, protestaram anunciando que abandonarão o futebol profissional. Fábio Júnior, jogador brasileiro do mesmo time, -culpa tanto o fanatismo das torcidas quanto a indiferença da polícia.

O campeonato foi suspenso e foram destituídos o governador de Port Said, seus chefes de segurança e a cúpula da federação de futebol, enquanto se investiga a briga que se tornou crise política.

Após as eleições que deram 74% dos assentos na Câmara a partidos islâmicos, sobram as tensões entre os fundamentalistas com ampla maioria, mas não o poder, a junta militar reticente sobre como e quando o entregará, os partidários do antigo regime empenhados em recuperar influência e os liberais e esquerdistas que deflagraram a revolução e hoje se sentem traídos.

Sintoma dessas inquietações foi a briga entre as torcidas de dois times de futebol, o Al-Masry, de Port Said, e o Al-Ahly, do Cairo.

Após uma rara vitória do primeiro, que jogou em casa, contra o segundo, seguiu-se um confronto no qual 74 morreram e mais de mil foram feridos.

A Irmandade Muçulmana culpa os mubarakistas. Populares dizem que a polícia cruzou os braços e permitiu o massacre para se vingar da participação da torcida organizada do Al-Ahly na rebelião contra Mubarak.

Torcedores responsabilizam diretamente o marechal Tantawi pela catástrofe na internet e nas ruas e são reprimidos pela polícia.

Três jogadores do Al-Ahly, também integrantes da seleção, protestaram anunciando que abandonarão o futebol profissional. Fábio Júnior, jogador brasileiro do mesmo time, -culpa tanto o fanatismo das torcidas quanto a indiferença da polícia.

O campeonato foi suspenso e foram destituídos o governador de Port Said, seus chefes de segurança e a cúpula da federação de futebol, enquanto se investiga a briga que se tornou crise política.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo