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Em nova doutrina militar, Putin vê expansão da Otan como ameaça para Rússia

Reforço das capacidades ofensivas da aliança na fronteira russa é tido como um dos maiores riscos externos; anúncio ocorre após Ucrânia renunciar a status de país não alinhado, visando se unir à Otan

Vladimir Putin: Otan é a principal ameaça a seu país
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O presidente russo, Vladimir Putin, assinou uma nova doutrina militar que nomeou a Otan como um dos maiores riscos externos para seu país, informou o Kremlin nesta sexta-feira (26/12). A decisão ocorre dias depois de a Ucrânia dar passos importantes no objetivo de se unir à aliança militar.

O documento condena o “reforço das capacidades ofensivas da Otan diretamente nas fronteiras da Rússia e as medidas tomadas para implementar um sistema de defesa antimíssil global” na EuropaCentral.

A nova doutrina militar de Moscou mantém seu caráter essencialmente defensivo. O documento também diz que a “probabilidade de uma grande guerra contra a Rússia diminuiu”O texto lista as ameaças à segurança da Rússiacomo “ingerência nos assuntos internos” do país por outros Estados e projetos estratégicos de defesa no espaço.

O documento é divulgado após repetidos protestos de Moscou sobre a decisão da Otan de posicionartropas nos países-membros da aliança, como Polônia e países bálticos, que têm fronteiras com aRússia. O Kremlin também se opõe ao plano da Otan de basear seu escudo de defesa antimísseis na Europa Central, que Moscou como uma medida dirigida principalmente contra a Rússia.

Tom áspero

O tom mais áspero da doutrina também segue a decisão aprovada quarta-feira pelo Parlamento daUcrânia de abandonar seu status de país não alinhado, um ato simbólico que irritou Moscou porpotencialmente abrir caminho para Kiev solicitar a adesão à Otan. O ministro do Exterior russo,Serguei Lavrov, descreveu a medida como contraproducente” e acusou Kiev de, com ela,alimentar ainda mais o clima de confronto“.

Parte da doutrina militar da Rússia continua a ser a dissuasão nuclear”. O país se reserva no direitode usar armas nucleares em resposta a um ataque contra seu território ou contra aliados, assim comono caso de uma ameaça contra a sobrevivência do Estado”.

A doutrina afirma, ainda, que os maiores riscos internos são as atividades para desestabilizar a situação no país e ações terroristas.

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