Mundo
Em meio a tensão com Venezuela, Trinidad e Tobago anuncia novos exercícios militares com EUA
A Venezuela denuncia que as operações dos Estados Unidos contra o narcotráfico são um pretexto para derrubar Maduro
Trinidad e Tobago anunciou, nesta sexta-feira 14, novos exercícios militares com os Estados Unidos, que realiza operações no Caribe contra o tráfico de drogas, consideradas pela Venezuela um plano para derrubar seu presidente, Nicolás Maduro.
Este é o segundo treinamento conjunto que os dois países realizam em menos de um mês. No fim de outubro, um contratorpedeiro americano atracou na costa trinitense, a cerca de 10 km da Venezuela.
O Ministério das Relações Exteriores do país insular indicou que os novos exercícios serão realizados entre 16 e 21 de novembro. “Essa próxima atividade faz parte da longa história de colaboração” entre os dois países. “Demonstra a relação sólida entre Trinidad e Tobago e Estados Unidos”, assinalou.
A Venezuela denuncia que as operações dos Estados Unidos contra o narcotráfico são um pretexto para derrubar Maduro, a quem a Casa Branca considera ilegítimo e acusa de liderar um cartel de drogas.
Desde setembro, Washington posicionou navios de guerra, aviões e milhares de soldados no Caribe, e bombardeou 21 lanchas supostamente usadas por traficantes, o que deixou pelo menos 80 mortos.
A chegada do contratorpedeiro USS Gravely a Trinidad e Tobago, em 26 de outubro, impactou as relações do país insular com a Venezuela, que suspendeu um acordo conjunto de exploração de gás e declarou “persona non grata” a primeira-ministra Kamla Persad-Bissessar.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também
Trinidad e Tobago coloca exército em ‘alerta geral’ após crise entre EUA e Venezuela
Por AFP
Venezuela declara premiê de Trinidad e Tobago persona non grata após exercício militar com os EUA
Por AFP



