Em meio a grave crise, presidente da Colômbia anuncia reforma no seu gabinete ministerial

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou a substituição de oito ministros de seu governo.

Em meio à pior crise do governo, que tem dificuldades para implementar suas reformas de esquerda, Petro se cerca de antigos aliados políticos.

Dos 19 ministérios, as substituições ocorrem nas seguintes pastas:

• Ministério da Fazenda: sai José Antonio Ocampo, e entra Ricardo Bonilla;
• Ministério da Agricultura: sai Cecilia López, e entra Jhenifer Mojica;
• Ministério do Interior: sai Alfonso Prada; e entra Luis Fernando Velasco;
• Ministério da Saúde: sai Carolina Corcho, e entra Guillermo Alfonso Jaramillo;
• Ministério da Ciência: sai Arturo Luna, e entra Yesenia Olaya;
• Ministério do Transporte: sai Sandra Urrutia, e entra William Camargo;
• Departamento Administrativo da Presidência da República: sai Guillermo Reyes, e entra Carlos Ramon González.

A decisão revela a fragilidade da coalizão formada por Petro, que aglutinou as siglas de esquerda do “Pacto Histórico” e os partidos Liberal, Conservador, Alianza Verde e Unidade Nacional.

Entre os projetos que Petro tenta aprovar no Congresso, está a reforma da saúde. No entanto, os partidos Liberal, Conservador e da Unidade Nacional declararam que não votariam de forma favorável.

O presidente da Colômbia também tenta passar uma reforma trabalhista e mudanças no sistema previdenciário.

De acordo com jornais locais, Petro havia comunicado ao seu gabinete sobre o pedido de renúncia na noite da terça-feira 25. Na tarde desta quarta, o presidente realizou uma reunião com os ministros na sede do governo.

Segundo o jornal El Espectador, a aliança não garantiu a maioria do governo no Parlamento. Estimativa do veículo aponta apenas 25 cadeiras no Senado, entre 108, e 33 na Câmara, entre 188.

O documento diz que o novo gabinete ministerial vai “ajudar a consolidar o programa de governo”.

No Twitter, o presidente do Congresso, Roy Barreras, disse esperar que a “crise política seja resolvida pacificamente” e que “o país precisa de soluções”.