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Em evento na Hungria, governo brasileiro prega religião como política de Estado

Representante do Itamaraty deixou claro a mudança radical na postura do Brasil sobre à fé e consolidou a guinada religiosa da diplomacia

Em evento na Hungria, governo brasileiro prega religião como política de Estado
Em evento na Hungria, governo brasileiro prega religião como política de Estado
Secretário de Assuntos de Soberania Nacional e Cidadania, Fabio Mendes Marzano. Foto: Dammer Martins/MRE
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O secretário de Assuntos de Soberania Nacional e Cidadania, o embaixador Fabio Mendes Marzano, foi o convidado para discursar, nesta quarta-feira 27, na conferência internacional organizada pelo governo de Viktor Orban, na Hungria. O evento tinha como objetivo combater a perseguição sofrida por cristãos pelo mundo.

Na ocasião, o representante do governo brasileiro afirmou que uma das principais mudanças geradas pela nova administração do país foi colocar a religião no processo de formulação de políticas públicas. Segundo ele, há ainda uma ameaça contra o cristianismo e a liberdade religiosa também precisa incluir a possibilidade de converter aqueles que não têm religião.

 

Segundo o colunista do Uol, Jamil Chade, que esteve no evento, o representante do Itamaraty deixou claro a mudança radical na postura do Brasil em relação à fé e consolidou a guinada religiosa da diplomacia nacional.

“É como se falar abertamente de religião machucaria aqueles que dizem não ter uma religião, o que eu acho que é impossível”, afirmou. Portanto, o que temos de fazer é estressar que a liberdade religiosa não é somente o direito de praticar uma religião. Mas o direito de se manifestar, debater e defender a fé. E mesmo de tentar converter aqueles que não têm uma religião. Claro, não pela força. Mas os mostrando a verdade, a verdade real”, afirmou Marzano.

Entre os participantes da conferência estão alguns dos principais aliados do regime de extrema-direita de Orban: os EUA de Donald Trump, os ultraconservadores da Polônia e o Brasil de Jair Bolsonaro.

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