Mundo

cadastre-se e leia

Em discurso ameaçador, chanceler da Rússia adverte Europa contra ‘saída suicida’

Na ONU, Sergey Lavrov falou em ‘insensatez e perigo da própria ideia de tentar lutar pela vitória com uma potência nuclear’

Em discurso ameaçador, chanceler da Rússia adverte Europa contra ‘saída suicida’
Em discurso ameaçador, chanceler da Rússia adverte Europa contra ‘saída suicida’
O chanceler russo, Sergey Lavrov, em uma coletiva na Assembleia Geral da ONU, em 28 de setembro de 2024. Foto: Bryan R. Smith/AFP
Apoie Siga-nos no

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, advertiu os países europeus a não buscarem o confronto com Moscou, pois isso seria uma “saída suicida” em meio à escalada da guerra de Moscou com a Ucrânia.

Lavrov, que falou no lugar do presidente russo Vladimir Putin, que, como nos anos anteriores, não compareceu à Assembleia Geral da ONU, também alertou em seu discurso contra a ideia de “arrastar [a Ucrânia] para a Otan”.

O Ocidente “espera derrotar a Rússia usando o regime neonazista ilegítimo de Kiev, mas já está preparando a Europa para embarcar também nessa aventura suicida”, disse Lavrov.

“Não vou falar aqui sobre a insensatez e o perigo da própria ideia de tentar lutar pela vitória com uma potência nuclear”, disse ele.

Lavrov disse que as “violações flagrantes” dos direitos dos russos e daqueles que “sentem que fazem parte da cultura russa trazem consigo ameaças à segurança da Rússia e de toda a Europa por parte do regime de Kiev e daqueles que a estão arrastando para a Otan”.

Antes dos comentários de Lavrov, as autoridades ucranianas haviam relatado a morte de nove pessoas em um bombardeio russo contra um hospital na cidade de Sumy, na fronteira com a Ucrânia.

“A Rússia atingiu um dos hospitais da cidade com drones Shahed”, escreveu o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky na rede social Telegram, enquanto as autoridades regionais disseram que o número de mortos subiu para nove, além de 12 feridos.

O ataque ocorre no momento em que o presidente ucraniano pressiona os aliados ocidentais de Kiev a permitir o uso de armas de precisão de longo alcance para atacar dentro da Rússia.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo