Em caso de derrota, Assad pedirá asilo político para Chávez

Semana passada, um enviado do líder sírio esteve com presidenes da Venezuela, Cuba e Equador

Sírios vs. sírios. O presidente Al-Assad pode ter deixado o país. E em Alepo, seguem os conflitos. Foto: Bulent Kilic/AFP

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Bashar al-Assad repetiu várias vezes que “viveria e morreria” na Síria. No entanto, as pessoas podem mudar de ideia, ainda mais quando os rebeldes do Exército Sírio Livre estão prontos para a guerra decisiva por Damasco.

Não é certo quem vencerá, mas por via das dúvidas – e do impasse que prevalecerá caso Assad saia-se vitorioso –, o presidente sírio estaria com as malas prontas para escapulir com a família e aliados para a Caracas de seu amigo Hugo Chávez.

Segundo o diário israelense Haaretz, Assad teria pedido asilo político a três países.

Na semana passada, o vice-ministro sírio do Exterior, Faisal al-Miqdad, esteve na América Latina para conversar com os líderes da Venezuela, Cuba e Equador.

O ministro sírio teria levado cartas redigidas por Assad para cada um deles.

É pouco provável que Rafael Correa, presidente do Equador, conceda asilo político a Assad, visto que já ofereceu asilo ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange, em agosto.


Para Correa, se o hóspede da embaixada do Equador em Londres for deportado para a Suécia por conta de acusações de abusos sexuais ele logo seria extraditado para os Estados Unidos, e, assim, seus direitos humanos seriam violados.

O candidato mais provável a dar asilo político a Assad responde por Hugo Chávez.

Próximo do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, que é pró-Assad, Chávez também apoia o líder sírio desde o início das revoltas em março do ano passado. De fato, o líder venezuelano enviou gasolina e diesel para os taques do exército sírio.

Segundo uma fonte anônima do Haaretz na Venezuela, a conversa entre o ministro e Chávez teria ocorrido às vésperas da partida do líder venezuelano para Cuba, onde recebe tratamento para o seu câncer.

O fato de o vice-ministro do Exterior ter visitado Caracas, disse a fonte do diário israelense, define “a próxima relação entre os dois presidentes”.

Tanto Assad como Chávez consideram os rebeldes sírios terroristas.

 

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