Mundo
Eleitores portugueses vão às urnas neste domingo para escolher um novo parlamento
Aliança Democrática, de centro-direita, lidera as pesquisas. O Partido Socialista está em segundo lugar
Mais de 10 milhões de portugueses vão às urnas neste domingo 18 para o último dia das eleições legislativas. O pleito antecipado será o terceiro realizado no País em pouco mais de três anos.
A eleição foi convocada em março, depois que o primeiro-ministro Luís Montenegro perdeu uma moção de confiança no Parlamento, após acusações de conflitos de interesse relacionadas com sua empresa de consultoria.
Montenegro chega como favorito, mas com a incerteza de se poderá formar um governo mais estável do que o que chefiou por um ano. Sua coalizão governamental de direita, a Aliança Democrática (AD), tem 34% dos votos, em comparação com 26% do Partido Socialista (PS), segundo uma pesquisa publicada na sexta-feira pela imprensa local.
O partido de extrema-direita Chega pode obter 19% dos votos, um resultado levemente superior ao das legislativas de março de 2024. Se assim for, consolidará sua posição como a terceira maior força política do País.
Segundo a pesquisa, realizada pela Universidade Católica Portuguesa, a Aliança Democrática pode conquistar até 95 das 230 cadeiras da Câmara, bem abaixo das 116 para uma maioria absoluta de deputados.
Montenegro pode se ver novamente liderando um governo minoritário, dividido entre os socialistas, que estiveram no poder de 2015 a 2024, e a extrema direita, com quem se recusa a governar.
O primeiro-ministro, um advogado de 52 anos, pediu aos eleitores que lhe dessem um mandato mais sólido durante um comício final no centro de Lisboa, onde seus apoiadores o carregaram nos ombros, enquanto ele fazia o “V” da vitória.
“O povo está farto de eleições, quer estabilidade”, disse a jornalistas, cercado de apoiadores com balões e bandeiras nas cores branca e laranja da AD.
(Com informações da AFP).
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também
Presidente de Portugal dissolve o Parlamento e convoca eleições antecipadas
Por AFP
Suspeitas de corrupção no Parlamento Europeu motivam operações em Portugal e na Bélgica
Por AFP


