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Economia, guerras e imigração: o que pensa Kamala Harris sobre temas cruciais para a eleição nos EUA

Principal cotada para substituir Biden, a vice mantém a linha democracta nas políticas de intervenção internacional e na economia, mas tenta se distanciar dos erros do governo

Economia, guerras e imigração: o que pensa Kamala Harris sobre temas cruciais para a eleição nos EUA
Economia, guerras e imigração: o que pensa Kamala Harris sobre temas cruciais para a eleição nos EUA
Kamala Harris em visita a uma base militar dos Estados Unidos na Coreia do Sul. Foto: LEAH MILLIS / POOL / AFP
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Quando o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que desistiria da disputa pela Casa Branca, os holofotes dos ainda incrédulos eleitores norte-americanos tiveram que ser redirecionados, não sem certo alívio, para a figura de Kamala Harris.

A partir daí, o nome da atual vice-presidente, que já ganhava força nas semanas marcadas por especulações sobre a desistência de Biden, concentrou apoios de colegas de partido e megadoadores.

Não à toa, Harris repetiu a palavra “união” ao agradecer Biden pelo endosso a seu nome como representante do Partido Democrata no certame. 

Enquanto o mundo ainda tenta entender as razões da desistência de Biden, uma nova pergunta surge: o que pensa Kamala Harris sobre os temas centrais do debate eleitoral norte-americano?

Algumas pistas já podem ser encontradas em suas posições públicas como vice-presidente, seja por suas declarações ou atos de governo. Confira.

Imigração

Enquanto vice-presidente, Harris seguiu a linha democrata em relação à imigração. No ano passado, ela anunciou um pacote de 950 milhões de dólares, doado por empresas privadas, para comunidades na América Central. Desde o início do mandato em 2021, Harris foi incumbida de atuar diplomaticamente para solucionar as “causas profundas” da imigração.

Em vez de apenas resolver problemas internos da imigração nos EUA, a abordagem foi entender e atacar os fatores que levam as pessoas a emigrar. Internamente, Harris reconhece a necessidade de reformas no sistema de imigração dos EUA. Ao apoiar um acordo bipartidário de segurança na fronteira, ela chamou o sistema de “falido” e afirmou: “Precisamos consertá-lo”.

Guerras 

A política externa, tema sempre quente nas eleições presidenciais norte-americanas, ganhou ainda mais força neste ano devido aos conflitos Rússia x Ucrânia e Israel x Gaza, que abalam acordos diplomáticos e ameaçam a segurança mundial.

Até o momento, a mudança do nome de Biden para o de Harris tem pouco impacto no que se refere ao apoio dos EUA à Ucrânia. No mês passado, foi ela quem anunciou que o país doaria mais 1,5 bilhão de dólares para o país europeu. Os recursos vão sair do Departamento de Estado. 

Até aqui, a substituição de Biden por Harris tem pouco impacto no apoio dos EUA à Ucrânia. No mês passado, Harris anunciou uma doação de 1,5 bilhão de dólares ao país, destacando a importância estratégica desse apoio. Em fevereiro, ela encontrou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e enfatizou: “É um interesse estratégico dos Estados Unidos continuar o apoio”.

Harris também criticou a invasão israelense em Rafah, no sul de Gaza, destacando a difícil situação humanitária: “Não há lugar para onde essas pessoas possam ir, e estamos vendo cerca de 1,5 milhão de pessoas em Rafah que estão lá porque foram instruídas a ir para lá, a maioria delas”, afirmou.

Economia

Como esperado, Harris tem usado suas aparições públicas recentes para defender a política econômica do governo. Apesar da inflação estar baixa, em 2,6% nos doze meses até maio segundo o Federal Reserve, o eleitorado republicano ainda reclama de uma sensação constante de aumento do custo de vida.

Harris apoia subsídios incluídos na Lei de Redução de Inflação para carros elétricos e projetos ligados à economia verde. Ela também defende uma alíquota mais alta de imposto corporativo, sugerindo 15% para grandes corporações.

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