Mundo
É evidente quem ameaça a paz na América Latina, diz o governo da China
A manifestação de Pequim ocorre em meio às ações militares dos Estados Unidos na região
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China Guo Jiakun afirmou ser “bastante evidente” quem está por trás de ações que ameaçam a paz na América Latina. A declaração ocorre em meio às operações militares executadas pelo governo dos Estados Unidos na região sob o pretexto de combater o narcotráfico.
O presidente norte-americano, Donald Trump, já aprovou ações encobertas da CIA na Venezuela e estuda ataques terrestres. Suas operações no Caribe incluem bombardeios a dez supostas narcolanchas, que resultaram em 43 mortes.
“As narrativas falsas que retratam a China como uma ‘ameaça’ dificilmente convencem alguém na região”, disse Jiakun em coletiva de imprensa. “Quem prejudica a paz e a estabilidade na região da América Latina e do Caribe por meio de operações militares unilaterais? A resposta é bastante evidente.”
O porta-voz declarou ainda instar “certos países a respeitar os fatos, ouvir o apelo dos países da região, e parar de difamar e caluniar as relações China-América Latina e Caribe.” Caso contrário, completou, “serão simplesmente repelidos e rejeitados pelos países e pelos povos da região”.
A Venezuela sustenta que as manobras militares de Trump têm o objetivo de derrubar o presidente Nicolás Maduro. O desdobramento americano no Caribe consiste em sete navios de guerra, aos quais se juntará o porta-aviões Gerald R. Ford, o maior do mundo.
Um desses navios, o USS Gravely, chegou no último sábado 25 a Trinidad e Tobago, onde permanecerá até 30 de outubro para exercícios conjuntos. Caracas classificou como provocação a presença a da embarcação a poucos quilômetros de sua costa oriental.
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