Mundo
Duas pessoas morrem em Damasco por bombardeio atribuído a Israel
Bombardeio na Síria faz crescer temor de escalada regional do conflito


Pelo menos duas pessoas morreram nesta quarta-feira (21) em um bombardeio atribuído a Israel em um bairro da capital da Síria, disse uma ONG e a televisão estatal do país árabe.
“Um ataque israelense com mísseis atingiu o bairro residencial de Kafr Sousa na capital Damasco”, afirmou a televisão estatal da Síria.
“Pelo menos duas pessoas morreram no ataque aéreo israelense contra um apartamento” nesse distrito, disse, por sua vez, o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), uma ONG com sede no Reino Unidos que dispõe de uma ampla rede de fontes nesse país.
Kafr Sousa é um bairro rico de Damasco que acolhe edifícios oficiais, quartéis do Exército e dos corpos de segurança e um centro cultural iraniano perto do imóvel atingido pelo ataque, revelou a organização.
A agência estatal Sana publicou imagens que mostram um edifício de vários andares com parte da fachada queimada e as janelas quebradas.
Ainda saíam chamas de um apartamento que supostamente foi atingido pelo projétil.
Segundo um fotógrafo da AFP, o ataque atingiu um edifício de nove andares e o quarto ficou bastante danificado.
As autoridades isolaram a área, onde os bombeiros tentavam apagar as chamas, acrescentou.
Desde a eclosão da guerra civil da Síria em 2011, Israel lançou centenas de ataques aéreos contra seu vizinho, principalmente contra grupos armados apoiados pelo Irã como o Hezbollah, mas também contra posições do Exército.
Os ataques aumentaram desde o início da guerra de Israel contra o movimento islamista palestino Hamas em 7 de outubro.
Em 3 de fevereiro, o porta-voz do Exército israelense, Daniel Hagari, disse que haviam atacado mais de 50 alvos do grupo Hezbollah na Síria e 3.400 no Líbano desde o início da guerra na Faixa de Gaza.
Israel raramente comenta os ataques na Síria, mas alertou diversas vezes que não permitirá que o Irã, seu arqui-inimigo regional e patrocinador do regime do presidente Bashar al Assad, expanda sua presença no país.
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