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Drones podem criar guerras contínuas, alerta relatório

Stimson Center critica sigilo mantido por Barack Obama no uso dos aviões e afirma que ataques contra extremistas criam “precedente perigoso”

Soldados da base em Bowling Green testam aviões não tripulados, os drones
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Um relatório divulgado nesta quinta-feira, 26, alerta que os ataques americanos com drones contra extremistas criam um “precedente perigoso” que pode ser imitado por outros países e provocar conflitos.

As aeronaves controladas à distância são uma ferramenta útil e devem continuar no cenário militar por um tempo, reconhecem os autores do relatório do Stimson Center, um centro de reflexão em Washington. Contudo, destacam, o presidente americano Barack Obama deve acabar com o sigilo sobre os ataques, endurecer as normas para o uso dos drones e verificar sua utilidade.

“O crescente recurso a drones armados poderia nos levar um cenário escorregadio, guerras contínuas ou mais graves”, insistem os autores, entre eles o ex-general John Abizaid, ex-comandante das forças americanas no Oriente Médio.

Os ataques de drones fora do campo de batalha podem ser imitados por outros países e alimentar a instabilidade em várias regiões, destaca o documento, antes de advertir que “alguns países não seriam tão escrupulosos” como os Estados Unidos em seu uso.

Em maio, o presidente americano prometeu acabar com parte do sigilo sobre os ataques de drones ao afirmar que uma operação “não deveria criar mais inimigos que os que eliminamos no campo de batalha”. Mas, apesar da redução dos ataques no Iêmen e Paquistão desde 2010, o sigilo a respeito das ações não mudou, o que provocou críticas contra Obama.

O relatório do Stimson Center pede ao governo Obama que adote uma posição mais transparente sobre o reconhecimento dos ataques. Atualmente, as autoridades americanas se limitam a reconhecer a existência dos ataques e não revelam os alvos ou se havia civis entre as vítimas.

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