Mundo
Dois novos ataques armados deixam 5 mortos no Equador
País vive uma onda de violência causada por uma disputa pelo comando do narcotráfico na região


O Equador, que vivencia uma onda de violência de gangues do narcotráfico que disputam o controle do negócio nas prisões e nas ruas do país, registrou, nesta quinta-feira (13), dois novos ataques armados que deixaram cinco mortos e um ferido, informaram as autoridades.
Três guardas penitenciárias foram assassinadas do lado de fora de uma prisão em Guayaquil, e duas pessoas morreram e outra ficou ferida no porto de Posorja.
Sem entrar em detalhes, a polícia descreveu a agressão de hoje contra as três mulheres como um “ataque armado” e garantiu que suas unidades “foram mobilizadas para encontrar os responsáveis”, segundo uma mensagem no Twitter.
O órgão estatal responsável pelas prisões (SNAI) confirmou aos jornalistas a morte das três guardas – de entre 26 e 31 anos – na “área externa do Complexo Penitenciário de Guayas”.
Nesse mesmo centro prisional, situado em Guayaquil e principal cenário de massacres entre presos desde 2021, seis detentos foram encontrados enforcados em suas celas na quarta-feira.
As mulheres assassinadas hoje estavam em um restaurante, onde foram atacadas por “pistoleiros”, contou à imprensa o diretor-geral do SNAI, Guillermo Rodríguez.
A polícia também reportou hoje que os ocupantes de uma canoa foram atacados no mar, em frente ao porto de Posorja. Duas pessoas morreram e outra ficou gravemente ferida.
Cerca de dez atiradores efetuaram “disparos” contra a embarcação, assinalou o coronel Edison Rodríguez, chefe da polícia local.
Na terça-feira, por volta de 30 atiradores abriram fogo em um porto de pescadores artesanais em Esmeraldas, no norte do país e perto da fronteira com a Colômbia, deixando nove mortos.
Os atiradores chegaram em lanchas e automóveis e atiraram indiscriminadamente contra a população, segundo imagens das câmeras de segurança.
O Equador enfrenta uma onda de violência relacionada à disputa por poder das gangues do narcotráfico, que usam as prisões do país como centros de operações.
Os enfrentamentos entre os criminosos somam mais 400 presos mortos desde 2021, enquanto a taxa de assassinatos a nível nacional quase dobrou entre 2021 e 2022, passando de 14 para 25 por cada 100.000 habitantes, segundo as autoridades.
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