Mundo
Ministro confirma mortes de militares em incêndio
Celso Amorim anunciou que a estação não fechará e os trabalhos de reconstrução começam na segunda-feira
O ministro da Defesa, Celso Amorim, confirmou no sábado 25 a morte dos dois militares brasileiros que haviam desaparecido durante incêndio na Estação Comandante Ferraz, na Antártica: o suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e o sargento Roberto Lopes dos Santos, ambos da Marinha. Eles participavam do grupo de apoio que tentava apagar o incêndio originado na casa de máquinas da base.
“Num ato de heroísmo, eles estiveram justamente no local de maior risco, na tentativa de debelar o incêndio e não conseguiram. Todos os pesquisadores e funcionários civis foram resgatados e já se encontram no continente, no Chile, e neste domingo 26 já devem estar de volta ao Brasil”, disse Amorim.
Segundo o ministro, 12 militares da Marinha, inclusive o comandante da base, ficaram na base chilena, que é vizinha à brasileira na Ilha Rei George, na Antártica. Eles devem retornar a Comandante Ferraz, para ajudar no trabalho de perícia e no resgate dos dois corpos. Um navio da Marinha brasileira também se deslocou para a Ilha Rei George, para ajudar na tarefa.
Os dois militares estavam desaparecidos após o incêndio na Estação Antártica Comandante Ferraz, base militar e científica operada pela Marinha do Brasil. De acordo com a assessoria da Marinha, o incêndio começou por volta das 2h na praça de máquinas, local onde ficam os geradores de energia, e ainda não foi controlado.
O militar ferido foi transferido para a Estação polonesa de Arctowski para receber os primeiros socorros e posteriormente para a Base chilena Eduardo Frei. Segundo a Marinha, o quadro de saúde do militar não apresenta risco de morte.
Os 30 pesquisadores, um alpinista que presta apoio às atividades de pesquisa, um representante do Ministério do Meio Ambiente e os 12 funcionários do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, que estavam na estação no momento do incidente, foram transferidos de helicópteros chilenos para a Base chilena Eduardo Frei, de onde partirão em aeronave da Força Aérea Argentina para a cidade de Punta Arenas, no Chile.
A Força Aérea Brasileira (FAB) colocou à disposição uma aeronave, que seguirá para Punta Arenas, para resgatar os militares que continuam no local. Segundo a Marinha, um Inquérito Policial Militar (IPM) foi instaurado para apurar as causas do incidente.
O ministro da Defesa, Celso Amorim, disse no sábado 26 que o programa antártico brasileiro não será encerrado com a destruição da Estação Comandante Ferraz, e que na segunda-feira 27 já começam os planos de reconstrução da base. No incêndio ocorrido na madrugada de hoje, dois militares morreram e um ficou ferido.
De acordo com o ministro, grande parte da estação foi destruída pelo incêndio e, com ela, muitos materiais e equipamentos dos 30 pesquisadores que realizavam trabalhos na ilha foram perdidos.
“Todo o núcleo central da base, que é onde estão concentradas essas instalações foi perdido. O grau exato do que aconteceu ainda precisa ser objeto de perícia, mas a avaliação é de que realmente perdeu-se praticamente tudo”, disse.
Segundo Amorim, ainda não é possível dizer quando a estação voltará a operar, mas os planos para sua reconstrução já começam na segunda-feira (27). “Claro que o momento é de dor. O principal fato é a perda de vidas. Mas, evidentemente, quero expressar nossa determinação em continuar esse trabalho, que é tão importante para o Brasil e para o mundo. Esse é um projeto de 30 anos de empenho da sociedade brasileira, que tem todo o apoio do governo e do Congresso brasileiro. O programa [antártico] é um motivo de orgulho para nós, de modo que vamos continuar”, disse o ministro.
Amorim também agradeceu o apoio dado pelo Chile, pela Argentina e pela Polônia no transporte e acomodação do pessoal brasileiro que ficou desalojado com o incêndio e na assistência médica ao militar ferido.
*Matéria publicada originalmente em Agência Brasil
O ministro da Defesa, Celso Amorim, confirmou no sábado 25 a morte dos dois militares brasileiros que haviam desaparecido durante incêndio na Estação Comandante Ferraz, na Antártica: o suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e o sargento Roberto Lopes dos Santos, ambos da Marinha. Eles participavam do grupo de apoio que tentava apagar o incêndio originado na casa de máquinas da base.
“Num ato de heroísmo, eles estiveram justamente no local de maior risco, na tentativa de debelar o incêndio e não conseguiram. Todos os pesquisadores e funcionários civis foram resgatados e já se encontram no continente, no Chile, e neste domingo 26 já devem estar de volta ao Brasil”, disse Amorim.
Segundo o ministro, 12 militares da Marinha, inclusive o comandante da base, ficaram na base chilena, que é vizinha à brasileira na Ilha Rei George, na Antártica. Eles devem retornar a Comandante Ferraz, para ajudar no trabalho de perícia e no resgate dos dois corpos. Um navio da Marinha brasileira também se deslocou para a Ilha Rei George, para ajudar na tarefa.
Os dois militares estavam desaparecidos após o incêndio na Estação Antártica Comandante Ferraz, base militar e científica operada pela Marinha do Brasil. De acordo com a assessoria da Marinha, o incêndio começou por volta das 2h na praça de máquinas, local onde ficam os geradores de energia, e ainda não foi controlado.
O militar ferido foi transferido para a Estação polonesa de Arctowski para receber os primeiros socorros e posteriormente para a Base chilena Eduardo Frei. Segundo a Marinha, o quadro de saúde do militar não apresenta risco de morte.
Os 30 pesquisadores, um alpinista que presta apoio às atividades de pesquisa, um representante do Ministério do Meio Ambiente e os 12 funcionários do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, que estavam na estação no momento do incidente, foram transferidos de helicópteros chilenos para a Base chilena Eduardo Frei, de onde partirão em aeronave da Força Aérea Argentina para a cidade de Punta Arenas, no Chile.
A Força Aérea Brasileira (FAB) colocou à disposição uma aeronave, que seguirá para Punta Arenas, para resgatar os militares que continuam no local. Segundo a Marinha, um Inquérito Policial Militar (IPM) foi instaurado para apurar as causas do incidente.
O ministro da Defesa, Celso Amorim, disse no sábado 26 que o programa antártico brasileiro não será encerrado com a destruição da Estação Comandante Ferraz, e que na segunda-feira 27 já começam os planos de reconstrução da base. No incêndio ocorrido na madrugada de hoje, dois militares morreram e um ficou ferido.
De acordo com o ministro, grande parte da estação foi destruída pelo incêndio e, com ela, muitos materiais e equipamentos dos 30 pesquisadores que realizavam trabalhos na ilha foram perdidos.
“Todo o núcleo central da base, que é onde estão concentradas essas instalações foi perdido. O grau exato do que aconteceu ainda precisa ser objeto de perícia, mas a avaliação é de que realmente perdeu-se praticamente tudo”, disse.
Segundo Amorim, ainda não é possível dizer quando a estação voltará a operar, mas os planos para sua reconstrução já começam na segunda-feira (27). “Claro que o momento é de dor. O principal fato é a perda de vidas. Mas, evidentemente, quero expressar nossa determinação em continuar esse trabalho, que é tão importante para o Brasil e para o mundo. Esse é um projeto de 30 anos de empenho da sociedade brasileira, que tem todo o apoio do governo e do Congresso brasileiro. O programa [antártico] é um motivo de orgulho para nós, de modo que vamos continuar”, disse o ministro.
Amorim também agradeceu o apoio dado pelo Chile, pela Argentina e pela Polônia no transporte e acomodação do pessoal brasileiro que ficou desalojado com o incêndio e na assistência médica ao militar ferido.
*Matéria publicada originalmente em Agência Brasil
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