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Documentos de Jeffrey Epstein nomeando figuras proeminentes devem ser liberados, diz NYT

Bilionário é acusado de exploração sexual de menores

Má companhia. Epstein morreu na cadeia
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Documentos contendo o nome de mais de 180 personalidades associadas ao bilionário norte-americano Jeffrey Epstein devem vir a público nos próximos dias.

Os documentos juntados em processos judiciais estavam sob segredo de Justiça, no entanto, uma decisão de uma juíza de Nova York derrubou o sigilo dos autos. As informações são do jornal The New York Times.

Epstein foi acusado de comandar uma “vasta rede” de exploração sexual de menores de idade. Ele convidava as meninas a sua mansão, onde tinham relações sexuais e, em seguida, pagava as vítimas em dinheiro.

Uma década antes, Epstein havia sido condenado por solicitação de prostituição de uma menor de idade.

A ex-namorada do bilionário, a socialite britânica Ghislaine Maxwell foi condenada em 2021 por conspirar com Epstein e sentenciada a 20 anos de prisão. Ele morreu aos 66 anos por suicídio na prisão em 2019, antes de poder ser julgado em Manhattan por acusações federais de tráfico sexual.

Desde então, o espólio do executivo tem sido usado para pagar cerca de 150 milhões de dólares em acordos para mais de 125 mulheres.

O círculo social do casal envolvia figuras de destaque do mundo da política, dos negócios e até mesmo da realeza britânica.

Reportagens do NYT apontam que o ex-presidente Bill Clinton está entre os nomes envolvidos com o bilionário acusado de crimes sexuais. A suposta conexão, aponta a publicação, é comemorada pela direita conservadora norte-americana, embora não haja nenhuma indicação de ligação entre o ex-presidente e os casos criminais.

A defesa de Clinton afirma que a única ligação dele com o bilionário seria uma carona em um jato particular de Epstein, ainda antes da revelação do escândalo. Clinton, diz o jornal, deve estar entre os citados nos documentos a serem revelados.

O ex-presidente Donald Trump também pode estar entre os citados. O executivo e o republicanos foram amigos por 15 anos.

A mera citação dos documentos de Epstein não indica necessariamente a participação da pessoa nos crimes, ou ainda ciência do caso. A revelação dos documentos, no entanto, poderá suscitar a existência de alguma suspeita naqueles nomeados pelo bilionário.

Entre outros nomes que estariam na suposta relação estão o comentarista de extrema-direita Benny Johnson; Graham Allen, um streamer de vídeo de direita; e Brigitte Gabriel, fundadora do grupo anti-muçulmano ACT for America.

Além deles, também deverá constar da relação o nome do príncipe britânico Andrew, acusado de abuso sexual por uma das vítimas de Epstein. Em 2021, ele pagou milhões para a mulher que o acusava para encerrar um processo por abuso sexual quando ela tinha 17 anos. Epsteins estava envolvido no caso.

O príncipe alega que nunca conheceu a suposta vítima e nega todas as acusações.

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