Mundo
Ditadura argentina: ex-oficial julgado na Itália por assassinatos pede para ser processado por tribunal militar
O Ministério Público rejeita o pedido dos advogados de Carlos Malatto


O ex-oficial argentino Carlos Malatto, processado por um tribunal criminal de Roma pelo assassinato e pelo desaparecimento de oito opositores durante a ditadura civil-militar, exigiu nesta segunda-feira 9 ser julgado pela Justiça militar italiana.
Durante uma audiência preliminar perante o tribunal de Roma, onde esteve presente, os advogados do ex-tenente-coronel, de 74 anos, argumentaram que Malatto sempre agiu como um soldado contra organizações “terroristas”.
Após a audiência, Malatto foi libertado enquanto aguarda um possível julgamento.
O Ministério Público rejeita o pedido dos advogados por considerar que os crimes imputados são de natureza política e não militar.
O juiz das audiências de pré-julgamento decidirá sobre este ponto em 4 de novembro. Depois, dependendo da sua decisão, estipulará em 2 de dezembro se deverá comparecer a um tribunal civil.
Malatto é acusado de ter sequestrado, torturado e assassinado oito pessoas na Argentina, entre março de 1976 e novembro de 1978, segundo a solicitação do Ministério Público italiano de outubro de 2023.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Argentina rejeita ‘decisão unilateral’ da Venezuela sobre sua embaixada em Caracas
Por AFP
Sob Milei, pobreza na Argentina chega a 52% da população
Por André Lucena
Milei veta lei que aumenta aposentadorias na Argentina
Por AFP