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Diretora do FMI depõe à Justiça francesa por desvio de recursos públicos
Christine Lagarde responde por cumplicidade de falsificação e malversação de recursos públicos quando era ministra francesa. A condenação fragilizaria sua posição no FMI, mas a obrigaria a renunciar
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PARIS (AFP) – A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, prestou nesta quinta-feira 23 um depoimento à Justiça francesa sobre uma investigação de desvio de recursos públicos.
A Justiça deseja saber porque, quando era ministra francesa das Finanças, Lagarde optou por confiar a um tribunal arbitral privado e não à Justiça a solução de uma divergência entre o banco Crédit Lyonnais e o empresário Bernard Tapie, quem terminou recebendo 400 milhões de euros de compensação.
“Gosto de voltar a vê-lo”, disse Lagarde, sorridente, aos quase 30 jornalistas que a aguardavam na entrada de um edifício do centro de Paris, onde falaria na Corte de Justiça da República (CJR). “Não considero que me afete o mínimo”, disse Bernard Tapie à rádio Europe 1, em referência à audiência de Lagarde.
Um eventual indiciamento nesta investigação por “cumplicidade de falsificação e malversação de recursos públicos” fragilizaria sua posição no FMI, mas legalmente Lagarde não está obrigada a renunciar do cargo porque comparece como ex-ministra francesa e não como diretora da instituição internacional.
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