Mundo

Diretor do FBI anuncia que deixará cargo antes de Trump tomar posse

Ele havia sido nomeado por Trump em 2017, mas desde então os dois se distanciaram

Diretor do FBI anuncia que deixará cargo antes de Trump tomar posse
Diretor do FBI anuncia que deixará cargo antes de Trump tomar posse
Christopher Wray, diretor do FBI. Chris Kleponis/AFP
Apoie Siga-nos no

O diretor do FBI, Christopher Wray, anunciou, nesta quarta-feira 11, que renunciará em janeiro, antes de o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, tomar posse.

“Após semanas de reflexão cuidadosa, decidi que o mais correto para o FBI é que eu continue servindo até o final da administração atual, em janeiro, e depois renuncie”, disse Wray aos seus funcionários, em declarações publicadas pelo FBI.

Trump, que tomará posse como presidente em 20 de janeiro, já anunciou que nomeou Kash Patel, um de seus aliados mais leais, para substituir Wray como chefe da principal agência federal de polícia dos Estados Unidos.

Wray ainda tinha três anos de mandato. Ele havia sido nomeado por Trump em 2017, mas desde então os dois se distanciaram.

Em uma entrevista durante o final de semana, Trump afirmou estar “muito descontente com as coisas que [Wray] fez” e citou a busca realizada pelo FBI em 2022 em sua casa na Flórida para recuperar documentos secretos retirados da Casa Branca. “Ele invadiu minha casa”, reclamou Trump.

Wray, em seu pronunciamento aos funcionários do FBI, disse que a renúncia “é a melhor maneira de evitar arrastar o FBI ainda mais para a polêmica”.

Patel, ex-assessor de Trump e funcionário do Pentágono, tem sido crítico do bureau e apoia a visão de linha dura dos republicanos de que existe um “estado profundo” anti-Trump nas sombras, chegando a escrever um livro sobre o tema.

Filho de imigrantes indianos, Patel ocupou vários cargos de alto nível durante o primeiro mandato de Trump, incluindo assessor de Segurança Nacional e chefe de gabinete do secretário de Defesa interino.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo