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Diretor de inteligência militar de Israel pede demissão

Em carta de renúncia, ele disse ser o responsável por não identificar o ataque do Hamas no dia 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra

Foto: U.S. Embassy Jerusalem/Wikimedia Commons
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O diretor do serviço de inteligência militar israelense, general Aharon Haliva, pediu demissão por sua “responsabilidade” no ataque do movimento islamista palestino Hamas de 7 de outubro, anunciou o Exército nesta segunda-feira.

O general Haliva é o primeiro oficial de alto escalão a renunciar ao cargo pelas falhas de segurança que permitiram o ataque sem precedentes do Hamas, que chocou Israel.

O general Haliva, “em coordenação com o comandante do Estado-Maior, solicitou o fim de suas funções devido a sua responsabilidade como diretor de inteligência nos eventos de 7 de outubro”, afirmou o Exército em um comunicado.

“Foi decidido que o general Aharon Haliva deixará sua posição e vai deixar o Exército após a nomeação de seu sucessor”, acrescenta a nota.

Na carta de renúncia, Haliva assume a responsabilidade e afirma que carregará para “sempre a terrível dor da guerra”.

“A divisão de inteligência sob meu comando não esteve à altura da tarefa que nos foi confiada”, afirmou Haliva. “Eu carrego aquele dia comigo desde então. Dia após dia, noite após noite. Carregarei para sempre a terrível dor da guerra”.

Na carta, Haliva pede “uma investigção exaustiva sobre os fatores e circunstâncias” que levaram ao ataque.

O ataque do Hamas de 7 de outubro desencadeou o conflito em Gaza entre Israel e Hamas. Na data, os milicianos islamistas assassinaram 1.170 pessoas e sequestraram 250, segundo um balanço da AFP baseado em dados divulgados pelas autoridades israelenses.

A ofensiva israelense em Gaza deixou 34.097 mortos, segundo o Ministério da Saúde do território palestino, governado pelo Hamas desde 2007.

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