Direito da Rússia ao veto no Conselho de Segurança da ONU é legítimo, diz chanceler; Zelensky quer derrubar

Para o presidente ucraniano, 'o poder de veto nas mãos do agressor foi o que levou a ONU a um ponto morto'

O chanceler da Rússia, Sergei Lavrov, em reunião do Conselho de Segurança da ONU, em Nova York, em 20 de setembro de 2023. Foto: Timothy A.Clary/AFP

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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, defendeu nesta quarta-feira 20 o direito de veto do país no Conselho de Segurança da ONU e lembrou que a prerrogativa engloba os cinco membros permanentes do órgão.

A declaração foi concedida durante uma reunião do colegiado, às margens da Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

“O recurso do direito ao veto é uma ferramenta legítima estipulada na Carta das Nações Unidas”, disse o chefe da diplomacia russa no Conselho de Segurança.

Mais cedo, o presidente da Ucrânia, Volodymir Zelensky, pediu a suspensão do direito russo ao veto.

“A maior parte do mundo reconhece a verdade sobre esta guerra”, disse. “É uma agressão criminosa e não provocada da Rússia contra nossa nação, com o objetivo de se apoderar do território e dos recursos da Ucrânia”.

Segundo Zelensky, “o poder de veto nas mãos do agressor foi o que levou a ONU a um ponto morto”.


“É impossível deter a guerra, porque todos os esforços são vetados pelo agressor ou por aqueles que aprovam o agressor”, prosseguiu.

Zelensky reforçou a avaliação ucraniana de que o poder de veto pertencia à União Soviética – um dos vencedores da Segunda Guerra Mundial, após a qual a ONU foi criada -, e não à Rússia do presidente Vladimir Putin.

“Infelizmente, este assento no Conselho de Segurança, que a Rússia ocupa ilegalmente mediante manipulações nos bastidores após o colapso da União Soviética, tem sido ocupado por mentirosos, cujo trabalho consiste em encobrir a agressão e o genocídio.”

(Com informações da AFP)

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