Mundo
Direção da OMS lamenta decisão dos EUA de se retirar da organização
A medida foi anunciada pelo presidente Donald Trump menos de 24 horas após iniciar o novo mandato


A Organização Mundial da Saúde (OMS) “lamenta” a decisão do presidente Donald Trump de retirar os Estados Unidos da OMS, disse um porta-voz da agência da ONU nesta terça-feira 21.
“Esperamos que os Estados Unidos reconsiderem” sua posição, disse Tarik Jasarevic em Genebra, a cidade suíça onde a organização está sediada.
No primeiro dia de seu segundo mandato como presidente, Trump ordenou na segunda-feira que as agências federais pausassem “futuras transferências de fundos, apoio ou recursos do governo dos EUA para a OMS”.
O líder republicano já havia ameaçado, em seu primeiro mandato, retirar os EUA da OMS, acusando a agência da ONU de ser influenciada pela China nos estágios iniciais da pandemia de Covid-19.
Os Estados Unidos são os maiores doadores da OMS e fornecem recursos vitais que sustentam muitas de suas operações.
Jarasevic observou que “a OMS desempenha um papel crucial na proteção da saúde e da segurança da população mundial, incluindo os americanos”.
“Esperamos ter um diálogo construtivo para manter a parceria EUA-OMS em benefício da saúde e do bem-estar de milhões de pessoas em todo o mundo”, acrescentou.
A União Europeia também expressou “preocupação” com a decisão de Trump e alertou que “se quisermos ser resilientes às ameaças globais à saúde, precisamos ter uma cooperação global nessa área”.
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