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Desaprovação de Milei cresce às vésperas de eleições legislativas na Argentina

Maioria da população avalia como ruim o trabalho do governo de direita

Desaprovação de Milei cresce às vésperas de eleições legislativas na Argentina
Desaprovação de Milei cresce às vésperas de eleições legislativas na Argentina
O presidente argentino, Javier Milei – Foto: Luis ROBAYO / AFP
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Em meio a uma crise por esquemas de corrupção e às vésperas de eleições legislativas cruciais para seu governo (a votação acontece no domingo 26), o presidente argentino, Javier Milei, vê crescer sua desaprovação. Pesquisa divulgada nesta sexta-feira 24 pelo instituto AtlasIntel mostra que subiu a diferença entre o percentual de argentinos que não aprovam e aqueles que aprovam seu trabalho.

De acordo com o levantamento, 55,7% dos eleitores desaprovam o trabalho de Milei. Outros 39,9% dizem aprovar, enquanto 4,4% não responderam. A diferença de quase 15 pontos percentuais entre os dois grupos é a maior já registrada pela Atlas, e confirma uma tendência que vem se consolidando nos últimos meses: Milei parece ter perdido terreno.

Quando perguntados sobre como avaliam o governo, em uma escala que vai de “excelente” a “muito ruim”, os argentinos também deixam claro que o governo ultraliberal não agrada. A esta altura, mais de metade (51,8%) dizem que o trabalho de Milei é “ruim” ou “muito ruim” – outra tendência consolidada nos meses recentes.

Os escândalos que atingiram integrantes do núcleo mais próximo do presidente, incluindo a própria irmã e assessora, Karina Milei, podem ter feito estragos. Nada menos que 50,8% dos participantes da pesquisa disseram que a corrupção está entre os maiores problemas do país. Na sequência vieram desemprego (33,2%) e inflação (30,8%).

Para 68% dos participantes da pesquisa, a economia da Argentina vai mal sob Milei. Sobre o mercado de trabalho, 70% dizem que está ruim. E 51% dizem que a situação econômica da própria família é ruim.

Foram ouvidos 6.526 argentinos entre os dias 15 e 19 de outubro. A margem de erro é de um ponto percentual, para mais ou para menos.

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