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Delegação da África Ocidental no Níger se reúne com presidente deposto

A organização regional já anunciou que está pronta para iniciar uma intervenção armada com o objetivo de restaurar a ordem constitucional no país

Mohamed Bazoum, presidente deposto por militares no Níger. Foto: Issouf SANOGO / AFP
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A delegação da África Ocidental que chegou a Níger neste sábado (19) em busca de uma solução diplomática para a crise se reuniu com o presidente deposto Mohamed Bazoum, que está detido desde o golpe de Estado de 26 de julho, informou uma fonte da missão.

O presidente Bazoum “mantém a moral alta”, assegurou essa fonte, acrescentando que o mandatário ainda não dispõe de eletricidade no local onde está detido junto com a família.

O encontro entre Bazoum e os representantes da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) foi confirmado por um jornalista da agência de notícias nigerina, que estava no palácio presidencial no momento da visita.

O avião com a delegação de emissários da Cedeao pousou por volta das 13h00 locais (09h00 de Brasília), um dia após a organização regional anunciar que estava pronta para iniciar uma intervenção armada com o objetivo de restaurar a ordem constitucional em Níger.

O grupo, liderado pelo ex-presidente nigeriano Abdulsalami Abubakar, foi recebido pelo primeiro-ministro nomeado pelos militares no poder, Ali Mahaman Lamine Zeine, e se reuniu com alguns líderes militares, disse a fonte da Cedeao, que não especificou se o general Abdourahamane Tiani, o novo homem forte de Níger, estava entre eles.

O propósito dessa visita era transmitir “uma mensagem de firmeza” aos militares de Níger e se encontrar com o presidente Bazoum, havia indicado a mesma fonte horas antes.

O comissário de Assuntos Políticos, Paz e Segurança da Cedeao, Abdel Fatau Musah, disse na sexta-feira que essa missão pretendia “continuar pela via pacífica”.

Ao mesmo tempo, a organização indicou que estava pronta para uma intervenção armada em Níger: “Estamos prontos para intervir assim que recebermos a ordem. O dia da intervenção também foi definido”, declarou Musah ao final da reunião de dois dias dos chefes de Estado-Maior da Cedeao em Acra, capital de Gana.

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