Daniel Noboa toma posse no Equador e defende combate a ‘violência e miséria’

O novo presidente completará o mandato do direitista Guillermo Lasso, que dissolveu o Congresso em maio e convocou eleições antecipadas

Registro da posse de Daniel Noboa como presidente do Equador. Foto: AFP/Gabinete de Comunicação de Daniel Noboa

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O novo presidente do Equador, Daniel Noboa, defendeu o combate “à violência e à miséria”, ao tomar posse, nesta quinta-feira 23. Seu mandato terá duração de 18 meses.

Noboa foi empossado pelo presidente do Legislativo, Henry Kronfle, em um evento que contou com a presença do presidente colombiano, Gustavo Petro. O discurso do novo mandatário durou cerca de oito minutos.

Autoproclamado de centro-esquerda, mas apoiado por forças de direita, o filho do magnata Álvaro Noboa chega ao poder aos 35 anos, tornando-se o presidente mais jovem da história do país.

Daniel Noboa completará o mandato do direitista Guillermo Lasso, que dissolveu o Congresso em maio e convocou eleições antecipadas para evitar ser julgado por corrupção.

Além da crise institucional, há a violência das gangues de traficantes, que resultou em cerca de 3.600 assassinatos neste ano, segundo o Observatório Equatoriano do Crime Organizado.

“Para combater a violência, é preciso enfrentar o desemprego. O país precisa de empregos e, para isso, enviaremos reformas urgentes”, disse Noboa, nesta quinta.


Entre 2018 e 2022, a taxa de homicídios quadruplicou, subindo para 26 assassinatos por 100.000 habitantes.

“A tarefa é dura e difícil e os dias são poucos”, declarou o presidente na posse.

Daniel Noboa derrotou no segundo turno, em 15 de outubro, a candidata de esquerda Luisa González, apoiada pelo ex-presidente Rafael Correa.

O movimento do novo presidente, a Ação Democrática Nacional, porém, conquistou apenas 17 das 137 cadeiras parlamentares.

Diante desse cenário, semana passada, Noboa se aliou ao correísmo (principal força, com 51 cadeiras) e ao Partido Social Cristão (18) para criar uma maioria na hora de designar autoridades como presidente e vice-presidentes do Congresso.

(Com informações da AFP)

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