Cuba doa vacinas contra a Covid à Síria: ‘Dois povos agredidos e hostilizados pelo imperialismo’

Os pacotes do carregamento estavam etiquetados com a marca das vacinas Soberana 02 e Soberana Plus

Foto: JOAQUIN HERNANDEZ/AFP

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O governo cubano enviou nesta sexta-feira 7 à Síria uma remessa de suas vacinas contra a Covid em forma de doação, anunciaram autoridades de ambos os países.

 

 

“Agradecimento, reconhecimento e gratidão, em nome da República Árabe Síria, por sua iniciativa amável de enviar as vacinas em forma de doações ao nosso país”, disse o embaixador da Síria em Cuba, Idris Mayya.

O Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia, empresa que produz a vacina Abdala, anunciou no Twitter a doação de 120.000 doses. Os pacotes do carregamento também estavam etiquetados com a marca das vacinas Soberana 02 e Soberana Plus.


A ministra interina de Comércio Exterior, Teresita González, citou a “distribuição injusta e desigual” de vacinas durante a pandemia, que “provocou uma grande incerteza” no mundo.

“Cuba e Síria são povos agredidos e hostilizados pelo imperialismo, mas não cedem na defesa de sua soberania e do seu direito de existirem como nações livres e independentes”, assinalou a ministra.

A ilha conta com três vacinas de produção e desenvolvimento próprios: Abdala, Soberana 02 e Soberana Plus, cujos esquemas de vacinação são de três doses. Nenhuma delas é reconhecida pela OMS.

Cuba também enviou seus imunizantes a Nicarágua e Venezuela. Com esse último país, assinou um contrato para fornecer 12 milhões de doses da Abdala.

Em setembro, Havana fechou a venda de 10 milhões de doses da mesma vacina para o Vietnã, enquanto o Irã produz a Soberana 02 com a fórmula cubana. No mês passado, o México autorizou o uso emergencial da Abdala.

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