Mundo
Cruz Vermelha: ‘Sistema de saúde de Gaza atingiu um ponto de não retorno’
A entidade reforçou que ‘a destruição dos hospitais em Gaza se torna insuportável e deve cessar’
A Cruz Vermelha disse, nesta sexta-feira 10, que o sistema de saúde da Faixa de Gaza atingiu um “ponto de não retorno” e exigiu o fim dos ataques a hospitais no território palestino.
Nesta sexta, o Ministério da Saúde do Hamas anunciou que 11.078 pessoas morreram em bombardeios israelenses contra o enclave desde o início da guerra, em 7 de outubro.
De acordo com a pasta, entre os mortos estão 4.506 crianças e 3.027 mulheres. Os atentados também deixaram 27.490 feridos.
“Sobrecarregado, com recursos escassos e cada vez mais inseguro, o sistema de saúde de Gaza atingiu um ponto de não retorno que põe em perigo a vida de milhares de pessoas feridas, doentes e deslocadas”, declarou, em comunicado, o chefe da subdelegação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha em Gaza, William Schomburg.
Segundo a nota, “a destruição dos hospitais em Gaza se torna insuportável e deve cessar”.
Desde o início da guerra, a ONU e a Organização Mundial da Saúde denunciam bombardeios e ataques de artilharia contra ambulâncias e hospitais. Israel acusa o Hamas de esconder integrantes nessas instalações.
Nem os hospitais infantis ficaram livres da violência, especialmente o Nasser e o Rantisi. Al Shifa, o maior hospital da Faixa de Gaza, “acolhe agora milhares de famílias deslocadas que perderam suas casas”, indicou o CICV.
“As regras da guerra são claras. Os hospitais são instalações que têm proteção especial, segundo o direito internacional humanitário.”
Também nesta sexta, cerca de 50 pessoas morreram em um bombardeio contra uma escola na Faixa de Gaza, segundo o diretor do Hospital Al Shifa.
(Com informações da AFP)
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.