A vice-presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, não percebeu que um homem sacou uma arma e tentou disparar contra ela na última quinta-feira 1º, em Buenos Aires.
Ela relatou suas impressões na sexta 2 em depoimento à juíza María Eugenia Capuchetti e ao promotor Carlos Rívolo.
“Em nenhum momento se deu conta do ataque. Só se inteirou quando subiu ao seu apartamento”, diz um trecho do testemunho, divulgado pelo site Pagina 12.
A magistrada e o promotor foram até o apartamento de Cristina, no bairro Recoleta, para tomar o depoimento. O atentado ocorreu justamente em frente ao prédio.
Ainda de acordo com o depoimento, a vice-presidenta, além de não notar o ataque, se agachou devido à queda de um livro. As imagens exibidas por diversas emissoras de TV apontam que Cristina continuou a acenar após um homem sacar uma arma, enquanto um segurança tentava tirá-la dali. A confusão se deve, provavelmente, à grande quantidade de pessoas concentradas no local.
Segundo o jornal La Nación, o depoimento prestado por Cristina não contou com avaliações políticas, reclamações contra a Justiça ou algum pedido. A líder peronista também não solicitou ser acusadora no processo, o que lhe permitiria acessar os autos, demandar provas e recorrer de decisões judiciais.
Ao todo, 24 testemunhas já prestaram depoimento sobre o atentado, a maioria policiais e militantes presentes no local. Na sexta 2, a Polícia Federal argentina encontrou 100 balas de calibre nove milímetros na casa do brasileiro Fernando Andrés Sabag Montiel, preso após tentar atirar atirar em Cristina.
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