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Coronavírus: 45 milhões de pessoas deixarão classe média e mergulharão na pobreza

Estimativa da ONU é para a América Latina e Caribe. A pandemia do coronavírus já deixou mais de 550 mil mortes no mundo

Segundo OIT, no primeiro mês da crise, a renda dos trabalhadores informais caiu 60% em todo o mundo. Créditos: EBC
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A pandemia de coronavírus já causou mais de 550 mil mortes no mundo e, segundo a ONU, cerca de 45 milhões de pessoas deixarão a classe média e mergulharão na pobreza na região América Latina e Caribe, a mais desigual do planeta.

Metade dos mortos são registrados nos quatro países mais atingidos pela doença: Estados Unidos (132.309), Brasil (67.964), Reino Unido (44.517) e Itália (34.914), segundo um balanço da AFP. No total, já foram registrados 12.081.516 casos do novo coronavírus no mundo.

Epicentro da pandemia, a região América Latina e Caribe já registra mais de 3 milhões de casos confirmados e mais de 140 mil mortos, principalmente no Brasil, México, Peru e Chile. A ONU estima que a queda do PIB regional este ano será de 9,1%, a maior em um século.

 

A organização prevê que, após a pandemia, a taxa de pobreza aumentará 7% em 2020, um aumento de 45 milhões de pessoas, com o qual o número total de pobreza e extrema pobreza na região aumentará para 230 milhões (37,2% da população).

A organização estima que a pobreza extrema crescerá 4,5%, cerca de 28 milhões de pessoas, para afetar um total de 96 milhões (15,5% da população) que estão “em risco de fome”, disse Alicia Bárcena, secretária executiva da Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina e o Caribe (Cepal).

A pobreza cresce, em parte, devido à aguda crise econômica causada pelo aumento do desemprego como resultado da desaceleração da economia devido à COVID-19.

Cerca de 80% da população da região vive em cidades, milhões delas superlotadas, sem acesso a água potável e serviços de saúde.

A ONU acredita que o desemprego aumentará de 8,1% no ano passado para 13,5%, o que significa que a região teria mais de 44 milhões de desempregados este ano, cerca de 18 milhões a mais do que em 2019. “Não poderemos derrotar a pandemia se estivermos divididos”, declarou o diretor-geral da organização, Tedros Ghebreyesus.

Novo confinamento na Austrália

Frente ao avanço da doença, a segunda maior cidade da Austrália, Melbourne, decidiu nesta quinta-feira impor novamente o confinamento, semanas após levantar as restrições. Cinco milhões de australianos retornaram, assim, à quarentena.

A pandemia segue acelerada nos Estados Unidos e o Brasil já registra 1,7 milhão de infectados, entre eles o presidente Jair Bolsonaro, que se nega a paralisar a economia.

A Europa retoma aos poucos a normalidade e, a partir do próximo sábado, teatros, orquestras e óperas poderão fazer apresentações ao ar livre na Inglaterra.

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