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Coreia do Norte teria preparado rampa de lançamento de mísseis
Eventual disparo contra EUA, Coreia do Sul ou Japão pode ocorrer em 15 de abril, quando o regime celebra o nascimento de seu fundador, Kim Il-Sung
SEUL (AFP) – A imprensa japonesa destacou nesta quinta-feira 11 que ao menos uma rampa de lançamento de míssil de longo alcance apontam para o céu na Coreia do Norte, o que poderia indicar a iminência de um disparo, segundo uma fonte do ministério da Defesa nipônico. O ato poderia também, diz a fonte, representar apenas uma isca.
O governo dos Estados Unidos recomendou que a Coreia do Norte pare de “brincar com o fogo” e renuncie ao disparo de míssil com o qual ameaça a região, apesar das sanções internacionais.
Japão, EUA e Coreia do Sul permanecem em alerta ante a ameaça das declarações bélicas do regime norte-coreano e os atos de desafio à comunidade internacional durante os últimos meses.
Desde fevereiro de 2012, Pyongyang lançou dois mísseis – um deles com sucesso, em dezembro passado -, considerados pelas potências ocidentais testes disfarçados de mísseis balísticos. O regime ainda executou um teste nuclear, que resultou em novas sanções da ONU, anunciou a retomada das atividades nucleares e posicionou mísseis de médio alcance em sua costa leste.
“Com sua retórica bélica, suas ações, a Coreia do Norte está deslizando muito perto de uma linha perigosa e não ajuda a acalmar uma situação volátil”, disse na quarta-feira 10 o diretor do Pentágono, Chuck Hagel.
“Nosso país está totalmente preparado para enfrentar qualquer eventualidade, qualquer ação que a Coreia do Norte possa executar, todas as provocações”, completou.
Ignorando as advertências da vizinha e aliada China, Pyongyang instalou na semana passada em sua costa oriental dois mísseis Musudan de alcance teórico de 3 mil quilômetros, capaz de atingir o Japão. Com uma carga leve, poderia viajar 4 mil quilômetros e atingir a ilha americana de Guam, situada a 3,380 mil km e onde estão 6 mil soldados americanos.
O eventual lançamento pode acontecer até 15 de abril, data em que o regime comunista comemora o nascimento do fundador da República Democrática Popular da Coreia, Kim Il-Sung, falecido em 1994. O disparo poderia coincidir com a visita a Seul na sexta-feira 12 do secretário de Estado americano, John Kerry, e do secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen.
Segundo uma fonte do governo sul-coreano, Pyongyang poderia disparar vários projéteis. Foram detectados movimentos de veículos lançadores que transportavam mísseis Scud (alcance de centenas de quilômetros) e de Rodong (alcance pouco mais de 1 mil km).
A Coreia do Sul deslocou os mísseis em várias ocasiões nos últimos dias, com o objetivo de dificultar os trabalhos da inteligência estrangeira e “cansar” os agentes responsáveis pela vigilância das rampas, informou a agência sul-coreana Yonhap.
Questionado sobre as capacidades balísticas da Coreia do Norte, o general americano Martin Dempsey afirmou que, depois de vários testes com sucesso de mísseis, “é possível projetar o pior cenário”.
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