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Lançamento de foguete pela Coreia do Norte gera duras críticas internacionais

Praticamente toda a comunidade internacional condena o lançamento de um foguete pela Coreia do Norte. EUA, Japão e Coreia do Sul dizem que teste tem objetivos militares.

Lançamento de foguete pela Coreia do Norte gera duras críticas internacionais
Lançamento de foguete pela Coreia do Norte gera duras críticas internacionais
Imagem divulgada pela agência de notícias estatal norte-coreana mostra o foguete Unha-3 sendo lançado do condado de Cholsan. O foguete carregava um satélite, de acordo com o governo norte-coreano. Foto: AFP
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Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul e Alemanha criticaram duramente o lançamento de um foguete pela Coreia do Norte. Também a China lamentou o teste. Apesar de todas as advertências internacionais, o foguete de longo alcance foi lançado nesta quarta-feira (12/12) na costa oeste norte-coreana.

O lançamento aconteceu de forma inesperada, pois a Coreia do Norte havia anunciado que, por problemas técnicos, pretendia prorrogar o prazo para o lançamento até o dia 29 de dezembro.

Por volta das 10h (horário local), um contratorpedeiro sul-coreano registrou o lançamento do foguete, disse um porta-voz do Ministério da Defesa da Coreia do Sul. Ele disse ainda que, antes de desaparecer dos radares, a primeira fase do foguete caiu no Mar Amarelo. Depois o projétil sobrevoou uma ilha sul-coreana, perto da fronteira com a Coreia do Norte e o oeste da ilha japonesa de Okinawa.

Esta foi a segunda tentativa de lançamento de um foguete de longo alcance pela Coreia do Norte neste ano. Segundo a agência de notícias estatal do país, a KCNA, o foguete colocou um satélite científico em órbita terrestre. No entanto, para Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos, o lançamento do satélite foi um pretexto de Pyongyang para testar um foguete com fins militares.

Críticas mundiais


Praticamente toda a comunidade internacional condenou o lançamento do foguete pela Coreia do Norte. Os Estados Unidos criticaram o procedimento norte-coreano como um “ato altamente provocador que ameaça a segurança regional” e viola resoluções das Nações Unidas. O porta-voz do Conselho Nacional de Segurança dos EUA afirmou que o lançamento seria mais um exemplo do “padrão de comportamento irresponsável norte-coreano.”

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, também qualificou o teste norte-coreano como um ato provocador. O secretário-geral está preocupado com a segurança em toda a região, disse um porta-voz de Ban.

O Japão também expressou duras críticas a Pyongyang e exigiu uma reunião do Conselho de Segurança da ONU. O teste do foguete não seria permitido, disse um porta-voz do governo em Tóquio. Além disso, destroços do foguete teriam caído na península sul-coreana e no leste das Filipinas.

O presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak, anunciou uma reunião extraordinária sobre a segurança nacional ainda para esta quarta-feira. O ministro do Exterior sul-coreano, Kim Sung-hwan, ameaçou a Coreia do Norte com graves consequências.

Também o ministro alemão do Exterior, Guido Westerwelle, condenou duramente o lançamento. Segundo ele, “com esta provocação deliberada, a Coreia do Norte viola de forma irresponsável suas obrigações internacionais e exacerba a tensão na região.”

O lançamento do foguete norte-coreano também não agradou à China, tradicional aliado de Pyongyang, e tampouco à Rússia. A China disse “lamentar o lançamento do foguete”. Este teria se concretizado “apesar da grande preocupação da comunidade internacional”, disse um porta-voz do Ministério do Exterior nesta quarta-feira, em Pequim. Segundo o porta-voz, a paz e a estabilidade na península coreana só podem ser alcançadas através do diálogo.

Já o Ministério do Exterior da Rússia declarou em Moscou que o lançamento do foguete seria “profundamente lamentável” e que ele não contribuiria para o fortalecimento da estabilidade na região. Ao contrário, teria “efeitos negativos”. É inaceitável que o teste do foguete tenha acontecido apesar da resolução 1874 da ONU, que proíbe a Coreia do Norte de testar foguetes de longo alcance, declarou o ministério russo.

Resolução da ONU

O lançamento desta quarta-feira foi a segunda tentativa desde que Kim Jong-un subiu ao poder na Coreia do Norte, após seu pai, Kim Jong-il, ter falecido há cerca de um ano. O primeiro teste aconteceu em abril último, mas o projétil caiu pouco após o lançamento.

A Coreia do Norte possui foguetes de curto e médio alcance, mas diversos testes de foguetes de longo alcance – em 1998, 2006, 2009 e 2011 – fracassaram. Após tais testes, as Nações Unidas impuseram sanções contra a Coreia do Norte. Além disso, segundo uma resolução da ONU de 2009, o governo em Pyongyang está proibido de lançar foguetes balísticos.

Especialistas norte-americanos acreditam que a Coreia do Norte possua plutônio suficiente para armar dezenas de bombas atômicas. Mas, até agora, não se sabia que o país possuía foguetes capazes de transportar tais bombas.

Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul e Alemanha criticaram duramente o lançamento de um foguete pela Coreia do Norte. Também a China lamentou o teste. Apesar de todas as advertências internacionais, o foguete de longo alcance foi lançado nesta quarta-feira (12/12) na costa oeste norte-coreana.

O lançamento aconteceu de forma inesperada, pois a Coreia do Norte havia anunciado que, por problemas técnicos, pretendia prorrogar o prazo para o lançamento até o dia 29 de dezembro.

Por volta das 10h (horário local), um contratorpedeiro sul-coreano registrou o lançamento do foguete, disse um porta-voz do Ministério da Defesa da Coreia do Sul. Ele disse ainda que, antes de desaparecer dos radares, a primeira fase do foguete caiu no Mar Amarelo. Depois o projétil sobrevoou uma ilha sul-coreana, perto da fronteira com a Coreia do Norte e o oeste da ilha japonesa de Okinawa.

Esta foi a segunda tentativa de lançamento de um foguete de longo alcance pela Coreia do Norte neste ano. Segundo a agência de notícias estatal do país, a KCNA, o foguete colocou um satélite científico em órbita terrestre. No entanto, para Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos, o lançamento do satélite foi um pretexto de Pyongyang para testar um foguete com fins militares.

Críticas mundiais


Praticamente toda a comunidade internacional condenou o lançamento do foguete pela Coreia do Norte. Os Estados Unidos criticaram o procedimento norte-coreano como um “ato altamente provocador que ameaça a segurança regional” e viola resoluções das Nações Unidas. O porta-voz do Conselho Nacional de Segurança dos EUA afirmou que o lançamento seria mais um exemplo do “padrão de comportamento irresponsável norte-coreano.”

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, também qualificou o teste norte-coreano como um ato provocador. O secretário-geral está preocupado com a segurança em toda a região, disse um porta-voz de Ban.

O Japão também expressou duras críticas a Pyongyang e exigiu uma reunião do Conselho de Segurança da ONU. O teste do foguete não seria permitido, disse um porta-voz do governo em Tóquio. Além disso, destroços do foguete teriam caído na península sul-coreana e no leste das Filipinas.

O presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak, anunciou uma reunião extraordinária sobre a segurança nacional ainda para esta quarta-feira. O ministro do Exterior sul-coreano, Kim Sung-hwan, ameaçou a Coreia do Norte com graves consequências.

Também o ministro alemão do Exterior, Guido Westerwelle, condenou duramente o lançamento. Segundo ele, “com esta provocação deliberada, a Coreia do Norte viola de forma irresponsável suas obrigações internacionais e exacerba a tensão na região.”

O lançamento do foguete norte-coreano também não agradou à China, tradicional aliado de Pyongyang, e tampouco à Rússia. A China disse “lamentar o lançamento do foguete”. Este teria se concretizado “apesar da grande preocupação da comunidade internacional”, disse um porta-voz do Ministério do Exterior nesta quarta-feira, em Pequim. Segundo o porta-voz, a paz e a estabilidade na península coreana só podem ser alcançadas através do diálogo.

Já o Ministério do Exterior da Rússia declarou em Moscou que o lançamento do foguete seria “profundamente lamentável” e que ele não contribuiria para o fortalecimento da estabilidade na região. Ao contrário, teria “efeitos negativos”. É inaceitável que o teste do foguete tenha acontecido apesar da resolução 1874 da ONU, que proíbe a Coreia do Norte de testar foguetes de longo alcance, declarou o ministério russo.

Resolução da ONU

O lançamento desta quarta-feira foi a segunda tentativa desde que Kim Jong-un subiu ao poder na Coreia do Norte, após seu pai, Kim Jong-il, ter falecido há cerca de um ano. O primeiro teste aconteceu em abril último, mas o projétil caiu pouco após o lançamento.

A Coreia do Norte possui foguetes de curto e médio alcance, mas diversos testes de foguetes de longo alcance – em 1998, 2006, 2009 e 2011 – fracassaram. Após tais testes, as Nações Unidas impuseram sanções contra a Coreia do Norte. Além disso, segundo uma resolução da ONU de 2009, o governo em Pyongyang está proibido de lançar foguetes balísticos.

Especialistas norte-americanos acreditam que a Coreia do Norte possua plutônio suficiente para armar dezenas de bombas atômicas. Mas, até agora, não se sabia que o país possuía foguetes capazes de transportar tais bombas.

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