Mundo

COP26 pede a países que limitem uso de carvão e financiamento de energias fósseis

Os delegados reunidos desde 31 de outubro têm como missão determinar o modo de cumprir os compromissos do Acordo de Paris

COP26 pede a países que limitem uso de carvão e financiamento de energias fósseis
COP26 pede a países que limitem uso de carvão e financiamento de energias fósseis
Foto: Paul ELLIS / AFP
Apoie Siga-nos no

Um segundo rascunho de resolução provisório na conferência sobre o clima de Glasgow pede aos países a “supressão progressiva da energia produzida com carvão sem mitigação e dos subsídios ineficazes aos combustíveis fósseis”.

As centrais de energia elétrica à base de carvão “sem mitigação” são aquelas que não utilizam tecnologia de captura de carbono para compensar parte dos gases que emitem à atmosfera.

Esta é uma menção sem precedentes em mais de duas décadas de negociações sobre tais combustíveis, incluindo gás e petróleo, amplamente responsáveis pelas emissões de gases do efeito estufa que provocam o aquecimento do planeta.

Porém, esta frase é mais suave que a do primeiro rascunho, que pedia simplesmente aos países para “acelerar o abandono do carvão e o financiamento dos combustíveis fósseis”.

Após duas semanas de negociações, a COP26 deveria terminar oficialmente nesta sexta-feira, mas com as divergências registradas no momento é provável que prossiga pelo fim de semana.

Os delegados de quase 200 países reunidos na cidade escocesa desde 31 de outubro têm como missão determinar o modo de cumprir os compromissos do Acordo de Paris.

O acordo de 2015 estabeleceu um compromisso para limitar o aumento da temperatura global abaixo de +2 ºC até o fim do século na comparação com a era pré-industrial, e de maneira ideal o mais seguro +1,5 ºC, para evitar as devastadoras catástrofes naturais representadas por cada décimo de grau adicional.

ENTENDA MAIS SOBRE: ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo