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Convidar Putin ao G20 no Brasil deve ser uma decisão consensual, diz Macron ao lado de Lula

Se o convite ‘criar divisões’ no bloco, ele não deve ocorrer, afirmou o presidente francês em Brasília

O presidente da França, Emmanuel Macron, e o presidente Lula, em Brasília, em 28 de março de 2024. Foto: Sergio Lima/AFP
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O presidente da França, Emmanuel Macron, disse que convidar o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para a cúpula do G20, prevista para novembro no Rio de Janeiro, deve ser resultado de uma decisão “consensual” entre os Estados-membros.

“O sentido deste clube [o G20] é que deve ser consensual, com os outros 19, esse será o trabalho da diplomacia brasileira”, afirmou Macron, nesta quinta-feira 28, em Brasília, ao ser questionado sobre a possibilidade de o Brasil convidar Putin para o encontro.

Se convidar Putin pode ser “útil, é preciso fazê-lo”, mas “se criar divisões, não”, acrescentou Macron, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O Brasil, que preside atualmente o G20 das economias mais desenvolvidas do planeta, mostrou-se contrário à política de isolamento da Rússia por causa da guerra na Ucrânia.

Em setembro de 2023, Lula assegurou que havia dado garantias de que Putin não seria detido no Brasil se comparecesse à cúpula do Rio de Janeiro, apesar de uma ordem internacional de prisão emitida contra ele emitida pelo Tribunal Penal Internacional por acusação de crimes de guerra.

Pouco depois, Lula recuou e disse que caberia à Justiça e não ao seu governo decidir sobre uma eventual prisão de Putin.

Macron e Lula deram uma coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, em Brasília, ao final de uma visita de Estado de três dias do presidente francês ao Brasil.

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