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Contra Ômicron, Reino Unido recomenda dose de reforço três meses após a segunda

A medida visa aumentar a proteção contra a variante Ômicron, que se espalha rapidamente pelo mundo

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O comitê científico que assessora o governo do Reino Unido sobre a Covid-19 recomendou, nesta segunda-feira (29), que a terceira dose da vacina esteja disponível para todos os maiores de 18 anos.

A dose de reforço, que até agora estava reservada aos maiores de 40 anos, deve ser oferecida três meses após a segunda, em vez dos seis atuais, aconselharam os especialistas do Comitê Conjunto sobre Vacinação e Imunização (JCVI, na sigla em inglês), em uma coletiva de imprensa.

Além disso, os especialistas recomendaram que as crianças de 12 a 15 anos recebam a segunda dose da vacina contra o coronavírus três meses depois de receber a primeira.

O professor Jonathan Van-Tam, subdiretor médico da Inglaterra, qualificou de “preocupante” a variante ômicron, identificada pela primeira vez na África do Sul e já detectada em diversos países. O número de mutações presentes nessa variante, “nos faz temer a possibilidade de algum efeito relacionado com a eficácia da vacina”, explicou Van-Tam, que pediu uma ação rápida.

Até agora, foram registrados 11 casos da variante Ômicron no Reino Unido: cinco na Inglaterra e seis na Escócia, alguns deles sem relação com viagens ao exterior. Com mais de 144.700 mortes desde o início da pandemia, o Reino Unido é um dos países mais afetados pela Covid-19. No total, mais de 88% dos maiores de 12 anos já receberam a primeira dose da vacina, mais de 80% a segunda e mais de 30% a dose de reforço.

O ministro da Saúde, Sajid Javid, deve anunciar no parlamento medidas de restrição temporárias contra a nova variante. O uso da máscara voltará a ser obrigatório nos transportes, e nas lojas voltará a ser compulsório nesta terça-feira (30). Os viajantes que chegarem ao Reino Unido também deverão fazer um teste PCR no máximo dois dias depois da chegada, e se isolar até ter os resultados.

Devido à emergência provocada pela cepa Ômicron, o Reino Unido convocou nesta segunda uma reunião dos ministros da Saúde de G7. Neste ano, a presidência rotatória da organização é do governo britânico.

Espanha registra primeiro caso

O hospital Gregorio Marañón de Madri registrou nesta segunda-feira (29) o primeiro caso na Espanha da variante do coronavírus Ômicron. O paciente é um homem de 51 anos que voltou da África do Sul em 28 de novembro com uma escala em Amsterdã, segundo a secretaria de Saúde da região de Madri.

“O positivo foi detectado mediante uma triagem com testes de antígenos no aeroporto Adolfo Suarez Madrid-Barajas”, acrescentou a secretaria, destacando que ele tem sintomas leves e está em isolamento.

Vários países já detectaram casos vinculados a esta variante, do Reino Unido à Alemanha, passando por Canadá, Holanda e Israel. A lista não para de crescer, com infecções em Portugal, Áustria e Escócia anunciadas nesta segunda-feira.

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