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Conselho da ONU exige que Israel seja responsabilizado por possíveis crimes de guerra

Votação da resolução foi aplaudida em plenário; EUA, Israel e Alemanha votaram contra o texto

Foto: Said KHATIB / AFP
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O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas adotou, nesta sexta-feira 5, uma resolução pedindo que Israel seja responsabilizado por possíveis delitos de guerra e crimes contra a humanidade na Faixa de Gaza. 

Ao todo, 28 países votaram a favor da resolução, enquanto 13 se abstiveram. Apenas seis países membros se opuseram à resolução, incluindo os Estados Unidos, a Alemanha e Israel, que considerou o texto proposto pela resolução “distorcido”. 

Após o fim da votação, a aprovação foi aplaudida pelos representantes no Conselho. 

O texto ressalta “a necessidade de garantir a responsabilização por todas as violações do direito internacional humanitário e do direito internacional dos direitos humanos, a fim de acabar com a impunidade”.

Além de expressar “grave preocupação com relatos de graves violações dos direitos humanos e graves violações do direito humanitário internacional, incluindo possíveis crimes de guerra e crimes contra a humanidade no Território Palestiniano Ocupado”.

Meirav Eilon Shahar, representante permanente de Israel na ONU, acusou o colegiado de ter “abandonado há muito tempo o povo israelense e defendido por muito tempo o Hamas“.

“De acordo com a resolução que hoje vos é apresentada, Israel não tem o direito de proteger o seu povo, enquanto o Hamas tem todo o direito de assassinar e torturar israelitas inocentes”, disse ela antes da votação. 

“Um voto ‘Sim’ é um voto no Hamas”, completou. 

O representante dos Estados Unidos também votou contra a resolução, apontando que o texto não continha uma condenação específica para o grupo extremista pelos ataques de 7 de outubro, nem “qualquer referência à natureza terrorista dessas ações”. 

Apesar de pontuar a omissão do texto, o país assumiu que Israel não tem feito o suficiente para mitigar os danos causados aos civis palestinos. 

“Os Estados Unidos instaram repetidamente Israel a resolver os conflitos das operações militares contra o Hamas com operações humanitárias, a fim de evitar vítimas civis e garantir que os intervenientes humanitários possam cumprir a sua missão essencial em segurança”, disse Michèle Taylor, representante permanente dos EUA junto do Conselho.

Taylor ainda ressaltou que neste conflito, foram mortos mais agentes humanitários do que em qualquer outra guerra da era moderna. 

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