Mundo

Congresso do Peru bloqueia até agosto debate sobre antecipação de eleições

Parlamentares apresentaram diferentes propostas para antecipar as eleições, mas nenhuma obteve um consenso

Foto: Cris BOURONCLE / AFP
Apoie Siga-nos no

O Congresso do Peru bloqueou na sexta-feira 3 até agosto qualquer debate sobre a antecipação de eleições, fechando o caminho para a substituição da presidente e do próprio parlamento, uma demanda popular que abala o país com protestos que já deixaram 48 mortos.

A Comissão de Constituição parlamentar rejeitou hoje, alegando um tecnicismo processual, debater uma iniciativa apresentada pela presidente do país, Dina Boluarte, que propunha a antecipação das eleições presidenciais e parlamentares para outubro.

“O regulamento do Congresso estipula bem claramente que um assunto arquivado não pode voltar a ser discutido na comissão até que uma legislatura tenha passado”, explicou Alejandro Cavero, congressista do partido de direita Avança País, promotor da votação na qual foi descartada a proposta do Executivo.

Cavero alegou que o tema da iniciativa já havia sido tratado em debates anteriores no Parlamento. Segundo o regulamento do Congresso, o período anual de sessões é renovado a cada 27 de julho.

Parlamentares apresentaram diferentes propostas para antecipar as eleições, mas nenhuma obteve um consenso entre os congressistas, apesar da convulsão social crescente e da rejeição popular elevada à presidente e ao Congresso peruanos.

Segundo especialistas, a única opção para antecipar as eleições de 2026 seria a renúncia de Dina Boluarte, o que levaria o presidente do Congresso, José Williams, a assumir o comando e convocar uma votação imediata.

Os protestos nas ruas de Lima continuaram nesta sexta-feira. “Por causa do Congresso, o povo está nas ruas”; “Dina e o Congresso, a mesma porcaria”, gritavam dezenas de pessoas durante uma passeata no centro histórico da capital peruana.

Grandes manifestações estão previstas para este sábado em Lima e outras partes do país, enquanto cerca de 80 bloqueios seguiam ativos em sete regiões peruanas.

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo