A Histadrut, principal confederação sindical de Israel, informou nesta segunda-feira 27 o fim da greve geral convocada para terça para frear a reforma judicial,. A decisão foi tomada após o anúncio do governo de uma “pausa” no processo.
“Após o anúncio do primeiro-ministro, declaro o fim da greve convocada nesta manhã”, declarou, em nota, Arnon Bar David, diretor da Histadrut.
Em mensagem à nação, Netanyahu anunciou que a adoção definitiva dos diferentes projetos de lei da reforma seria adiada para a próxima sessão parlamentar, a ser aberta após o feriado da Páscoa (de 5 a 13 de abril).
Uma multidão de cerca de 80 mil manifestantes, segundo a imprensa local, havia se concentrado nesta tarde perto do Parlamento, em Jerusalém, para protestar contra a reforma.
Também havia uma contra-manifestação prevista para o mesmo lugar, gerando temores de enfrentamentos entre apoiadores dos dois lados.
O projeto de reforma judicial, impulsionado pelo governo de Netanyahu, um dos mais direitistas da História de Israel, busca aumentar o poder dos políticos sobre o dos juízes e diminuir o papel da Suprema Corte.
Seus críticos consideram que a reforma ameaça a separação dos Poderes e o caráter democrático do Estado de Israel. A rejeição ao projeto gerou, nos últimos meses, uma das maiores mobilizações populares já registrada no país.
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