Comissão Interamericana de Direitos Humanos denuncia veto eleitoral a Corina Yoris na Venezuela

Yoris foi nomeada pela liberal María Corina Machado para substituí-la nas eleições

Corina Yoris será a substituta da líder opositora venezuelana María Corina Machado. Foto: Federico Parra/AFP

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A Comissão Interamericana de Direitos Humanos pediu, nesta sexta-feira 5, que a Venezuela garanta a participação da oposição nas eleições presidenciais de julho e criticou a exclusão de Corina Yoris, apoiada pelo maior bloco opositor do país.

“Impedir a participação de algumas candidaturas opositoras no processo eleitoral confirma que o Poder Eleitoral não oferece garantias de independência e imparcialidade” e isso “anula a possibilidade de realizar eleições presidenciais livres, justas e competitivas”, protestou em comunicado.

Yoris foi nomeada pela liberal María Corina Machado para substituí-la nas eleições, já que ela não podia se candidatar devido à sua inabilitação imposta pela Controladoria, alinhada ao oficialismo.

Chegada a data limite, “Yoris não pôde formalizar sua inscrição em nome da Mesa da Unidade Democrática (MUD) devido à persistência” de “problemas técnicos”, aponta a CIDH.

“Essas ações restringem a oferta eleitoral, desencorajam a participação política e perpetuam um governo repressivo”, denuncia a Comissão, que faz parte da Organização dos Estados Americanos (OEA).

“O Estado da Venezuela deve garantir a participação política da oposição nas eleições presidenciais, sem arbitrariedades”, insiste.


Como consequência, “pede a adoção urgente de medidas para restabelecer a separação e independência do poder eleitoral, do poder judiciário e demais poderes públicos” para “reconstruir a democracia e a confiança nas instituições públicas”.

Esta semana, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, chamou de “circo” o alarde pelo veto a Yoris.

“O circo começou, a campanha começou, há nervosismo em Washington, há nervosismo nos sobrenomes da oligarquia, há nervosismo na direita regional, parem de nervosismo”, disse.

A exclusão de Yoris gerou fortes críticas não apenas dos Estados Unidos, mas também de Colômbia e Brasil, considerados aliados de Maduro.

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