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Comissão do Congresso do Equador recomenda julgamento político do presidente

O governo nega a existência de uma trama de corrupção desde a divulgação das denúncias

O presidente do Equador, Guillermo Lasso. Foto: Cristina Vega Rhor/AFP
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Uma comissão anticorrupção do Congresso do Equador recomendou na quarta-feira a abertura de um julgamento político contra o presidente Guillermo Lasso por suposta corrupção.

O relatório apresentado “recomenda o julgamento político do presidente por crimes contra a segurança do Estado e contra a administração pública (corrupção, conluio e peculato)” no âmbito do caso conhecido como “Encontro”, informou a Assembleia Nacional em comunicado.

A comissão que investigou o caso foi criada depois que o portal La Posta revelou em janeiro uma suposta estrutura de corrupção estabelecida por Danilo Carrera, cunhado de Lasso, em empresas públicas.

Áudios divulgados pelo site supostamente envolvem Carrera, que não ocupa cargo no governo, assim como Hernán Luque, ex-integrante da diretoria da Empresa Coordenadora de Empresas Públicas (EMCO).

“O presidente da República, Guillermo Lasso, foi advertido pelo ex-secretário anticorrupção, Luis Verdesoto, dos possíveis atos de corrupção e não apenas (…) não os denunciou, como tentou impedir ação de fiscalização da Assembleia Nacional”, acrescenta o comunicado.

O governo nega a existência de uma trama de corrupção desde a divulgação das denúncias.

O documento da comissão ainda deve ser examinado pelo plenário do Congresso, onde a maioria, embora dispersa, é de oposição. Para iniciar um julgamento político contra o presidente é necessário o apoio de pelo menos um terço dos deputados (46 de 137).

O pedido é examinado em seguida pela Corte Constitucional, que autoriza ou não a tramitação no Congresso, onde é necessário o voto de dois terços dos deputados para efetivar a destituição.

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