Mundo
Começa votação no Chile para o plebiscito constitucional
Chilenos decidirão em referendo se mudará ou não sua Constituição, herdada da ditadura de Augusto Pinochet


O Chile iniciou, neste domingo 25, um dia considerado histórico para decidir em um referendo se mudará ou não sua Constituição, herdada da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990) e reformada na democracia, mas considerada a mãe da injustiça social após os protestos que abalaram o país há um ano.
“Aprovo” ou “Rejeito” é a primeira pergunta que os mais de 14,7 milhões de eleitores convocados precisam responder, em um país onde o voto é voluntário desde 2012. Dada a magnitude do debate público após os protestos pacíficos e violentos vivenciados pelo país desde 18 de outubro do ano passado, espera-se um alto nível de participação, com as devidas medidas de saúde pela pandemia.
As mesas de votação abriram oficialmente às 08h00 locais e permanecerão abertas durante 12 horas, mais que o normal, com turnos vespertinos para os maiores de 60 anos, visando aplicar as medidas contra o coronavírus e evitar aglomerações neste país que, após mais de sete meses de quarentena, totaliza mais de 500.000 casos e mais de 13.800 mortos.
Os primeiros resultados do exterior chegaram da Nova Zelândia. 90% dos chilenos com direito ao voto neste referendo que vivem nesse país votaram pela opção “Aprovo”, enquanto 8% escolheram “Rejeito”, segundo a imprensa local.
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