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Na tevê, comandante do Exército anuncia golpe na Tailândia

Nesta quinta-feira 22, o general Prayut Chan-O-Cha anunciou o controle do país pelas Forças Armadas, depois de sete meses de crise política

Comandante do exército, Prayut Chan-O-Cha, anuncia golpe de Estado na televisão
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O comandante do exército da Tailândia, general Prayut Chan-O-Cha, anunciou um golpe de Estado nesta quinta-feira 22 em um discurso na televisão, após sete meses de crise política. “Para que o país retorne à normalidade, as Forças Armadas devem tomar o poder a partir de 22 de maio”, afirmou o general.

Na terça-feira 20, o general decretou lei marcial e mobilizou seus soldados em Bangcoc, a capital do país, depois de meses de crise política e protestos contra o governo que deixaram 28 mortos. No momento, o exército afirmou que a medida não fazia parte de um golpe de estado. “Declarar a lei marcial não é um golpe de Estado, mas tem como objetivo “restaurar a paz e a ordem pública”, assegurou o exército em um comunicado lido na televisão.

As manifestações, que aconteciam diante da sede do governo – onde alguns manifestantes chegaram a acampar -, pediam a designação de um primeiro-ministro “neutro” e defendiam o adiamento indefinida das eleições. A oposição lutava para derrubar o governo interino instalado após a destituição da primeira-ministra Yingluck Shinawatra, acusada de ser um fantoche de seu irmão, Thaksin, derrubado por um golpe de Estado em 2006 e atualmente no exílio.

O general Prayut Chan-O-Cha afirmou que “todos os tailandeses devem manter a calma e os funcionários públicos devem continuar trabalhando como habitual”.

O anúncio na televisão aconteceu após a segunda sessão de negociações entre os principais personagens da crise, com a esperança de alcançar um compromisso. Líderes dos manifestantes dos dois grupos foram retirados do local da reunião em veículos militares, sob escolta, pouco antes do anúncio do golpe de Estado, segundo testemunhas.

A Tailândia passou por 18 golpes de Estado desde 1932, quando foi instalada a monarquia constitucional, o último contra Thaksin Shinawatra, derrubado pelos militares em 2006.

A atual crise começou no fim do ano passado, com manifestações que exigiam a renúncia da então primeira-ministra Yingluck Shinawatra, irmã de Thaksin e no poder desde 2011. Ela foi destituída pela justiça no início de maio.

Com informações da AFP

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