Mundo

“Coletes amarelos” voltam a protestar na França

Após atentado em Estrasburgo, diminui número de manifestantes que tomam as ruas francesas contra políticas de Emmanuel Macron

(Foto: Abdul ABEISSA / AFP)
Apoie Siga-nos no

De acordo com o Ministério da Justiça francês, o número de manifestantes no quinto final de semana consecutivo de protestos dos chamados “coletes amarelos” foi estimado em cerca de 33,5 mil por volta do meio-dia (hora local, 9h em Brasília), a metade de uma semana atrás no mesmo horário.

Em Paris, a polícia informou que cerca de 3 mil pessoas participaram das manifestações deste sábado (15/12), que transcorreram em grande parte de forma pacífica. Mais de 95 pessoas foram detidas na capital francesa.

Na Avenida Champs Élysées, o epicentro das manifestações dos últimos finais de semana, a polícia lançou no início da tarde, no entanto, gás lacrimogêneo contra cerca de 500 manifestantes. Houve também pequenos tumultos na Praça da Ópera, onde a polícia usou granada de som para conter a multidão.

Com a morte de um motorista envolvido num acidente com um caminhão em Erquelinnes, cidade fronteiriça belga, na sexta-feira, o número de mortos durantes os protestos dos “coletes amarelos”, iniciados em meados de novembro, chega a sete.

O caminhão havia sido bloqueado por uma barreira de manifestantes no lado francês da fronteira. O acidente aconteceu por volta das 18h (hora local) e a investigação está em mãos da Justiça belga.

Todos os acidentes mortais que ocorreram no âmbito dos protestos contra o aumento de combustíveis e as políticas econômicas do governo do presidente Emmanuel Macron aconteceram nos bloqueios em estradas.

Para evitar uma escalada da violência que resultou na prisão de 2 mil pessoas na semana passada, o Ministério do Interior em Paris informou que cerca de 70 mil policiais estiveram em ação.

Leia também: As semelhanças entre 2013 no Brasil e os "coletes amarelos" na França

Para os manifestantes, os protestos relativamente calmos deste sábado também estiveram relacionados com o atentado à feirinha de Natal em Estrasburgo, na última terça-feira. “Desde o atentado em Estrasburgo, ficou mais calmo”, disse um manifestante na Avenida Champs Élysees. “Mas acredito que no próximo sábado e nos sábados seguintes, o dinamismo vai retornar.”

Em reação aos protestos e à vertiginosa queda de popularidade de seu governo, Emmanuel Macron anunciou, na última segunda-feira, um “pacote de bondades”, que inclui a elevação do salário mínimo em 100 euros a partir de janeiro e que aposentados com menos de 2 mil euros por mês ficarão de fora da elevação de uma contribuição social em 2019.

Na sexta-feira, o presidente Macron apelou aos cidadãos para retornar à calma. Assim como o governo, diversos sindicados e políticos da oposição pediram que os protestos fossem suspensos após o atentado em Estrasburgo, em que quatro pessoas morreram.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo